
Política
Governador de Pernambuco nega participação em carta aberta contra o impeachment
Após o governador Rui Costa (PT) afirmar, em entrevista à Rádio Metrópole na última quinta-feira (3) que os governadores do Nordeste estão se articulando contra a “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um retrocesso institucional” através da assinatura [Leia mais...]

Foto: Reprodução/PE
Após o governador Rui Costa (PT) afirmar, em entrevista à Rádio Metrópole na última quinta-feira (3) que os governadores do Nordeste estão se articulando contra a “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um retrocesso institucional” através da assinatura de uma carta aberta contra a possibilidade de impeachment, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) negou que tenha participado da iniciativa.
Em nota enviada à imprensa, Câmara afirmou que não houve “tempo necessário” para conversar sobre o assunto e concordar com a iniciativa. "A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação", garantiu. A informação vai de encontro com a afirmação feita pelo ministro Jaques Wagner durante coletiva na última quinta, quando afirmou que o documento contava com o apoio do líder pernambucano.
“Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa”, afirma Câmara.
Confira a nota na íntegra:
“Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil. Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste. A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição.
Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa.
Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político. O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda.
É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia. Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe, rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição. Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.”
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