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Maia avalia que MP que permite Weintraub escolher reitores de universidades é inconstitucional

Política

Maia avalia que MP que permite Weintraub escolher reitores de universidades é inconstitucional

Para o presidente da Câmara, a medida publicada no "Diário Oficial da União" ontem (10) "é uma segunda tentativa de interferir na autonomia das universidades"

Maia avalia que MP que permite Weintraub escolher reitores de universidades é inconstitucional

Foto: Lula Marques/AGPT

Por: Luciana Freire no dia 11 de junho de 2020 às 14:40

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou hoje (11) que a medida provisória que deu ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, o poder de escolher reitores temporários para universidades federais é inconstitucional. A informação foi divulgada pelo G1.

"Nitidamente a convergência desta medida provisória com a [medida provisória] 914 é muito grande. A 914, para aqueles que não sabem, é uma medida provisória que trata de temas correlatos e que perdeu a validade nos últimos dias. Então, a minha opinião é que é uma matéria inconstitucional e que esse tema não deveria ser debatido por medida provisória", disse o presidente da Câmara em entrevista à GloboNews.

Na avaliação de Maia, a medida, publicada no "Diário Oficial da União" ontem (10) "é uma segunda tentativa de interferir na autonomia das universidades".

Maia afirmou ainda que, caso o governo não recue e a MP não seja suspensa pelo STF, a própria Câmara pode, já na próxima semana, "derrubar a matéria por um grande acordo na Casa".

A Constituição proíbe a reedição, no prazo de um ano, de medida provisória que tenha perdido a validade ou que tenha sido rejeitada pelo Congresso Nacional.

"Você não pode editar uma medida provisória em cima de uma outra editada no mesmo ano, com muita conexão dos termos. Daqui a pouco você não tem mais necessidade de lei, vai editando uma medida provisória atrás da outra, com objetos parecidos, similares, e você tira completamente a relevância, a importância do parlamento brasileiro", afirmou Maia na entrevista.