Quinta-feira, 20 de março de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Política

/

Presidente Dilma defende que o Congresso não tenha recesso

Política

Presidente Dilma defende que o Congresso não tenha recesso

Após se reunir com juristas contrários ao impeachment, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (7) que o Congresso Nacional não entre em recesso. Segundo o calendário da casa, os parlamentares paralisam as atividades no dia 23 de dezembro e voltam dia 2 de fevereiro. A presidente disse que o momento que o país vive não é apropriado, “eu prefiro e acho que não deve haver recesso". [Leia mais...]

Presidente Dilma defende que o Congresso não tenha recesso

Foto: Reprodução/TV Globo

Por: Raquel Pimentel no dia 07 de dezembro de 2015 às 13:22

Após se reunir com juristas contrários ao impeachment, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (7) que o Congresso Nacional não entre em recesso. Segundo o calendário da casa, os parlamentares paralisam as atividades no dia 23 de dezembro e voltam dia 2 de fevereiro. A presidente disse que o momento que o país vive não é apropriado, “eu prefiro e acho que não deve haver recesso. Não podemos nos dar ao direito de parar o país até 2 de fevereiro. Acho justo parar nas festas. Agora, o Congresso pode funcionar em janeiro assim que passarem as festas. Aí retoma e julga as coisas pendentes. Não pode o país ficar em compasso de espera até 2 de fevereiro", defendeu.

Tendo o recesso, o processo de votação se estenderia pelos primeiros meses de 2016 e, segundo Dilma Rousseff, o recesso no mês de janeiro vai prejudicar o país. "Eu acredito que, em situação de crise, como esta política e econômica pela qual o país passa, seria importante que o Congresso fosse convocado [para trabalhar nas férias]. Ele pode ser convocado por mim, pelos presidentes da Câmara e do Senado. Vou conversar com o presidente do Senado para ver como as coisas vão se dar", afirmou.

Além disso, Dilma fez questão de falar sobre os danos que um processo de impeachment causaria à democracia do país. "O Brasil conquistou de forma bastante lutada, com grandes sacrifícios de pessoas, inclusive com mortes, a democracia. Nós temos de fato uma democracia punjante. Daí a importância da preservação da legalidade. Só dentro da legalidade, nós, de fato unificaremos o país", disse em coletiva nesta segunda.

Michel Temer

Questionada por jornalistas sobre o grau de confiança no vice-presidente, Michel Temer (PMDB), depois que, na última sexta-feira (4), a notícia de que o ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha vai deixar o governo gerou um alerta sobre a posição de Temer no processo de impeachment. Padilha é um dos ministros mais ligados ao vice-presidente. Nesta segunda-feira (7), Dilma afirmou que não há motivo para desconfiar "nem um milímetro" de Temer. "Eu prefiro ter a posição que sempre tive com relação ao Temer. Ele sempre foi extremamente correto comigo e tem sido assim. Não tem motivo para desconfiar dele nem um milímetro", afirmou. Neste domingo (6), após uma reunião com aliados, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), teria dito que a presidente Dilma Rousseff (PT) não confia nele.