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Olímpio chama Doria de vendedor de 'geladeira sem motor' e cita decepção com Bolsonaro

Política

Olímpio chama Doria de vendedor de 'geladeira sem motor' e cita decepção com Bolsonaro

Senador do PSL afirma ter alertado o presidente sobre as intenções do atual governador de São Paulo

Olímpio chama Doria de vendedor de 'geladeira sem motor' e cita decepção com Bolsonaro

Foto: Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 11 de agosto de 2020 às 08:58

O senador Major Olímpio (PSL-SP) comentou sua ruptura com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e deu detalhes da primeira vez que entrou em rota de colisão com o chefe do Executivo. Em entrevista a Mário Kertész hoje (11), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele declarou que o apoio de João Doria (PSDB-SP) na época da campanha presidencial já mostrava sinais de que o tucano iria trair a cúpula bolsonarista.

"João Doria vende geladeira sem motor e quer dizer para o povo que vai gelar. Foi a primeira briga minha com Bolsonaro. A gente conhecendo João Doria e o perfil dele, Bolsonaro disse para ele deixar andar. Estava pedindo voto para ele e criou o BolsoDoria. Eu disse que ele iria se arrepender disso. 'Pegou a alça do caixão com o diabo, vai direto para o inferno com ele. Não entra nessa não'", disse o senador. 

"Defendi junto com a estrutura do PSL uma campanha com o Márcio França. Bolsonaro dizia que não, que ele era PSB, 'comunista' e de esquerda. Mas eu dizia que ele era um sujeito com mais palavra. Ele tinha ficado no governo um período na saída do governador, atendeu mais efetivamente os servidores e policiais. Foi o primeiro embate com o Bolsonaro. Eu dizia que ele iria se ferrar e que Doria tem espírito de escorpião, que vai na suas costas e vai te ferrar, com você morrendo com o veneno dele. Não deu outra, começou o governo, Doria começou a campanha de presidente da República e já saiu arrebentando Bolsonaro", acrescentou Olímpio.

Questionado por MK, o parlamentar compartilhou sua decepção com o presidente após a ruptura política. Depois de brigas internas no PSL, houve um racha no partido entre membros ligados ao governo e outros integrantes da sigla. Para Olímpio, o trabalho dele se assemelha ao da deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA), alvo de ataques da família Bolsonaro.

"A gente tem que dizer a verdade do que se passou, é uma verdade dolorosa e que magoa o país. Mas Bolsonaro se tornou uma grande decepção para todos nós que estávamos mais próximos. Foi isso que se passou de nossa ruptura de ordem pessoal. Politicamente, tanto eu quanto a Dayane e esmagadora maioria do PSL continua votando os projetos de interesse do governo. São projetos muitos bons e necessários agora na pandemia", declarou o senador.