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Homem que vendeu loja para Flávio Bolsonaro diz que foi ameaçado ao tentar denunciar fraude

Política

Homem que vendeu loja para Flávio Bolsonaro diz que foi ameaçado ao tentar denunciar fraude

Em depoimento ao MP-RJ, empresário afirma que senador fraudava notas fiscais da franquia da loja de chocolates

Homem que vendeu loja para Flávio Bolsonaro diz que foi ameaçado ao tentar denunciar fraude

Foto: Reprodução / Instagram

Por: Juliana Rodrigues no dia 14 de agosto de 2020 às 08:48

O empresário que vendeu uma loja de chocolates para o senador Flávio Bolsonaro, do Republicanos, afirmou, em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que foi ameaçado ao tentar fazer a denúncia de que Flávio fraudava notas fiscais. A loja do senador é alvo de investigação de lavagem de dinheiro.

Segundo reportagem exibida ontem (13) no Jornal Nacional, da TV Globo, que teve acesso ao depoimento, o empresário disse que o estabelecimento vendia produtos com preço abaixo da tabela da Kopenhagen, mas emitia notas com o valor normal.

Flávio Bolsonaro é dono da loja de chocolates em um shopping na Barra da Tijuca desde 2015. Ele comprou o estabelecimento do empresário Cristiano Correia Souza e Silva, que já tinha uma loja da mesma franquia em outro shopping no mesmo bairro.

A Kopenhagen disse ao JN que comprovou a denúncia de uso de preço fora da tabela e informou ainda que a loja de Flávio foi advertida e multada por causa da promoção.

Nas investigações, o MP-RJ aponta uma forte suspeita de que parte dos recursos desviados da Assembleia Legislativa do Rio no esquema da rachadinha tenha sido lavada na loja de chocolates. Os investigadores afirmam que a loja recebia mais dinheiro vivo do que outras franqueadas, em média. Os pagamentos em espécie permaneciam constantes mesmo em períodos de aumento das vendas, como a Páscoa.

Alexandre Ferreira Dias Santini, que aparece como sócio de Flávio na loja, é apontado pelo MP como um laranja do senador. Segundo o depoimento de Silva, Santini é acusado de intimidar a mulher do ex-dono da loja que denunciou a fraude nas notas fiscais. O empresário contou ao MP que ele e a mulher receberam ameaças por e-mail depois que a denúncia chegou ao grupo de conversas dos franqueados da Kopenhagen.