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Catilinárias: conheça a origem do nome da operação da PF na casa de Cunha

Política

Catilinárias: conheça a origem do nome da operação da PF na casa de Cunha

Deflagrada nesta terça-feira (15) como desmembramento da Lava Jato, a Operação Cantilinárias cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em locais que incluem as residências de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, além escritórios de outras figuras importantes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Edison Lobão (MA) e os ministros Celso Pansera e Henrique Eduardo Alves. [Leia mais...]

Catilinárias: conheça a origem do nome da operação da PF na casa de Cunha

Foto: Pintura de Cesare Maccari (1840–1919)

Por: Matheus Simoni no dia 15 de dezembro de 2015 às 15:14

Deflagrada nesta terça-feira (15) como desmembramento da Lava Jato, a Operação Cantilinárias cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em locais que incluem as residências de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, além escritórios de outras figuras importantes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Edison Lobão (MA) e os ministros Celso Pansera e Henrique Eduardo Alves. O nome da operação faz referência a  uma série de quatro discursos do cônsul romano Marco Túlio Cícero contra Lúcio Sérgio Catilina, senador que planejava derrubar o governo republicano. 

“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?”.

De acordo com registros históricos, após o quarto discurso, Catilina estava condenado à morte, mas recusou-se a entregar-se e foi morto em um campo de batalha no ano seguinte.