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"Elitismo e preconceito", rebate Carlos Prazeres, da Osba, à crítica de maestro da Neojiba

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"Elitismo e preconceito", rebate Carlos Prazeres, da Osba, à crítica de maestro da Neojiba

Ricardo Castro desaprovou, em texto nas redes sociais, concerto com músicas bregas realizado pela orquestra comandada por Carlos Prazeres

"Elitismo e preconceito", rebate Carlos Prazeres, da Osba, à crítica de maestro da Neojiba

Foto: Reprodução/Youtube Portal Metro1

Por: Adele Robichez no dia 24 de janeiro de 2023 às 18:53

Em entrevista ao Jornal da Cidade, na Rádio Metropole, o maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) Carlos Prazeres rebateu as críticas feitas pelo maestro Ricardo Castro, do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), ao concerto "Osbrega". O espetáculo aconteceu no último dia 7, com o repertório formado por canções conhecidas do brega brasileiro.

Em texto publicado no dia 22 de dezembro nas redes sociais, três dias após a divulgação do evento, Castro expôs a sua desaprovação acerca do uso da verba disponibilizada pelo governo do estado para a realização da apresentação da Osba. A sua crítica foi relacionada especialmente à palavra 'brega' no título do concerto.

Até então, Prazeres havia mantido-se em silêncio diante da polêmica. Mas, questionado em entrevista à Metropole nesta terça-feira (24), ele avaliou a crítica do maetro do Neojiba como fruto do "elitismo e preconceito" com o estilo musical.

"Na verdade, essa polêmica foi criada pelo elitismo e preconceito com a música brega. Eu vejo orquestras do Brasil inteiro fazendo Guns N' Roses; Nirvana sinfônico. O próprio Nando Reis, outro dia, esteve com a [Orquestra] Petrobras Sinfônica na Concha [Acústica do Teatro Castro Alves]. Leila Pinheiro acabou de fazer com a [Orquestra] Filarmônica de Minas Gerais. Em todo o Brasil, orquestras dialogam com a música popular", declarou.

"Seria um contrassenso, na Bahia -- um lugar que tem uma das músicas populares mais fortes do mundo --, a Orquestra Sinfônica da Bahia, que representa a sociedade, não travar esse dialogo. É claro que qualquer crítico teria razão se a gente deixasse de fazer a música clássica para fazer isso, mas pelo contrário", completou.

Prazeres esclareceu que a Osba faz 47 concertos anuais, dentre os quais 42 são inteiramente dedicados à música clássica.