Rádio Metropole
Aos Fatos: Jornal Metropole enaltece o Dois de Julho na Bahia e Moraes suspende decretos do IOF

Compositor explicou origem mesclada do samba e a formação do gênero entre a Bahia e o Rio de Janeiro
Foto: Matheus Simoni/Metropress
Em entrevista ao Jornal da Metropole no Ar, o compositor e pesquisador musical Roberto Mendes falou que o samba, ao contrário da crença popular, não nasceu na Bahia. Segundo ele, a sambista santoamarense Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata, levou o gênero ao Rio de Janeiro, onde foi, de fato, desenvolvido e consolidado.
“O samba é carioca. Os maiores sambistas baianos usam o melódico carioca, exceto o Tião Motorista e o Riachão”, disse Roberto. “Mas o padrão harmônico, a verticalização harmônica é toda carioca”.
“Ele é embrionário daqui da Bahia, em Santo Amaro, e sai daqui com esse canto violado em que a viola se encontra com o batuque de 200 anos e Ciata leva para lá [para o Rio] e gera esse movimento”, explicou ele. “Ela vai para lá e tem essa liberdade de fazer o que não fez aqui, fazer lá”.
Durante a conversa, o compositor ainda explicou a relação entre o movimento do quadril característico do gênero e a origem linguística da palavra “bunda”. A palavra semba, em kimbundo, é o “giro em torno do umbigo”, descreveu ele.
Mendes detalhou ainda que o uso do gerúndio nas palavras foi retomado na língua portuguesa com a vinda da família real ao Brasil. “O movimento da língua é uma das coisas mais belas que a língua tem. E esse movimento que a bunda faz (...) a bunda é importantíssima para seduzir e para dançar”.
Confira a entrevista completa:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.