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Fundador do Grupo Gay da Bahia critica participação de assexuais e queers no movimento LGBT+

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Fundador do Grupo Gay da Bahia critica participação de assexuais e queers no movimento LGBT+

Luiz Mott diz defende que alguns grupos criem seus próprios movimentos para defender seus direitos

Fundador do Grupo Gay da Bahia critica participação de assexuais e queers no movimento LGBT+

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 22 de julho de 2023 às 17:29

Atualizado: no dia 23 de julho de 2023 às 06:57

O movimento LGBT+ tem ganhado cada vez mais siglas. Hoje ela inclui lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, queer, interssexuais, assexuais, panssexuais e não-binários. O antropólogo, historiador e pesquisador Luiz Mott, no entanto, criticou a participação de alguns desses grupos no movimento. Em entrevista Rádio Metropole na última sexta-feira (21), ele afirmou que não ver sentido na filiação de assexuais e queers em um movimento que defende a sexualidade.

“Nós, lideranças antigas e originárias [do movimento LGBT+], somos contra algumas letras do movimento. Por exemplo, o “A” de assexuado. Como é que pessoas assexuadas querem participar de um movimento de orientação sexual e de identidade de gênero, se eles se definem que não praticam sexo? Eu acho que há outras entidades e outros grupos que ele pode participar”, afirmou.

Segundo levantamento da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP), divulgado em 2022, 12%da população brasileira se declara assexuais, lésbicas, gays, bissexuais e transgênero (ALGBT). Pessoas assexuais são aquelas que não sentem atração sexual ou necessidade de ter relações sexuais.

Mott, um dos mais conhecidos ativistas brasileiros em favor dos direitos civis LGBT+, também criticou a participação da comunidade queer, que é um termo utilizado para quem não se identifica e não se rotula em nenhum dos gêneros.

“Os queers, um termo em inglês que significa um insulto, em sua tradução livre significa estranho, o que estaria mais próximo de ‘bicha’, no português. Eles são contra a afirmação de identidade de gays, de lésbica, porque eles preferem ser nômades. Na opinião deles, somos caretas ao defender um casamento e uma identidade de gênero fixa. Eles preferem uma anarquia da sexualidade. Primeiro eles têm que se estruturar e defender o seu próprio direito, cresçam e apareçam”, afirmou o sociólogo.

Confira a entrevista na íntegra: