Ouvintes da Rádio Metropole discutem soluções para melhorar segurança pública no país

A Rádio Metropole abriu espaço, na manhã desta sexta-feira (11), para que os ouvintes opinassem sobre a situação da segurança pública no Brasil, e sugerissem propostas. O debate acontece após a crescente violência policial no país. Entre as vítimas, está um adolescente de 13 anos, que foi morto na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Entre os participantes, o policial Antônio, que atua na cidade de Aracajú, disse que falta organização nas corporações para que a violência não prevaleça.

“O bandido bom não é o bandido morto. Bandido bom é aquele cidadão que não se tornou bandido por conta de um trabalho preventivo da segurança pública. Para mim, que tenho 22 anos de experiência na polícia, tive uma participação na luta de classe da polícia, eu posso dizer que o maior problema de segurança pública é a sua desorganização. Se você perceber, aqui no Brasil as polícias civis não fazem investigação no dia a dia, quem foi que furtou seu celular, quem roubou seu carro, arrombou sua casa. A polícia não trabalha na perspectiva da prevenção, sempre na perspectiva da reação. Isso acontece porque dentro das polícias o interesse é sempre corporativo”, declarou. 

Sobre a morte de Thiago Menezes Flausino, adolescente de 13 anos, o ouvinte, que se identificou como Uriel, disse que a ação foi reflexo de despreparo, além de cobrar melhorias na educação. “Quando uma criança de 13 anos é atingida, é uma questão de despreparo. As crianças crescem no tráfico por falta de medidas para que a gente possar manter a pessoa dentro da escola”, ponderou.

Já para Souza, a morte de Thiago é reflexo da participação do crime organizado na vida das crianças. O ouvinte comentou o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que definiu a ação como “despreparo e irresponsabilidade”. Para Souza, o posicionamento do petista foi “infeliz’. “Lula está sendo infeliz com essas palavras que ele fala sobre matar menores de 13 anos. Os grandes bandidos vêm dos menores de idade. O que tinha que ser feito, na minha opinião, é colocar a leitura nesses de menores, condenar”, afirmou.

Por sua vez, na ligação, James disse que a solução é valorizar e cumprir as leis já existentes. “Entra governo, sai governo e ninguém levanta realmente a bandeira para as leis. É cumprir o que já existe, o bandido não é bom morto, ele é bom preso. Eles [deputados] querem implantar algo mais eficaz do que já existe. Tem que ter um governante que chegue no Senado para que as leis sejam cumpridas ", finalizou. 

O programa Três Pontos desta sexta-feira dará sequência à discussão (assista aqui).

Confira as opiniões dos ouvintes na íntegra: