Filósofo diz que mundo não “conversa” com continente africano: “Temos uma África idealizada”

Durante programa especial da Rádio Metropole, realizado na livraria LDM, nesta terça-feira (29), o filósofo Waldomiro J. Silva Filho disse que um dos maiores erros cometidos ao redor do mundo sobre o continente africano são as suposições.

Na discussão sobre o livro A mais recôndita memória dos homens (2023), do autor senegalês Mohamed Mbougard Sarr, Waldomiro explicou que o caminho correto é consumir obras legítimas do continente e se informar sobre a sua atualidade, ao invés de apenas idealizar.

“Nós temos um projeto de manter uma relação mais estreita [com países africanos] que falam língua portuguesa, para fazer uma ponte direta. Não para que a gente vá lá e dê o que a gente não tem, mas para trazer para cá. Porque a gente não sabe nada, a gente não lê os autores africanos, os cientistas sociais africanos, a gente tem uma África idealizada, a Mama África idealizada, a ancestralidade, mas não conversa. É importante fazer essa ponte para ver o percurso que eles estão fazendo agora e podemos aprender com eles”, pontuou.

Confira o programa especial: