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O Brasil acolheu e acarinhou o racismo para que existisse uma estrutura de desigualdade, avalia historiadora
Wlamyra Albuquerque é historiadora, autora de livros sobre emancipação, abolição, racialização e pós-abolição no Brasil
Foto: Fernanda Vilas Boas/ Metropress
Autora de livros sobre emancipação, abolição, racialização e pós-abolição no Brasil, a historiadora Wlamyra Albuquerque comentou na Rádio Metropole, nesta sexta-feira (8), a herança racista da população brasileira. Para ele, não discutimos o assunto da maneira mais honesta.
"Acho que o nosso papel [de professores] e também o da imprensa, cada um com suas especificidades, é dizer o que nós somos, pensando aí nos grandes problemas e pensando, principalmente, no que eu discuto que a questão do racismo. Isso diz respeito à maneira como a gente enfrenta. Como a gente tira de baixo do tapete essa questão e põe na mesa para debater e ver como dar conta desse problema", afirmou.
Albuquerque defendeu que o Brasil sempre "acarinhou" o racismo.
"Em geral se fala do racismo como uma herança maldita, algo que herdamos por termos sido um país escravista. E a 'herança maldita' é algo que a gente vai ter que lidar. Creio que seria mais maduro e urgente a gente pensar como o racismo é algo fundamental, algo que organiza a sociedade republicana. E quando discutimos a Independência estamos discutindo sobre qual é a nação que a gente quer, qual o país que a gente quer. Para isso, precisamos admitir que a República acolheu, acarinhou, organizou o racismo para que ele existisse como uma estrutura de desigualdade. Daí veio a raiz do porque a desigualdade é algo tão cultivada na sociedade", argumentou.
Confira a entrevista completa:
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