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Advogado Carlos Sampaio concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (20)
Foto: Filipe Luiz/Metropress
O advogado Carlos Sampaio falou, nesta segunda-feira (20), porque não há punição nos casos de racismo. Para ele, só com uma presença maior de negros nos tribunais de Justiça haverá maior punitividade a este crime.
“A gente já tem certeza, como advogado, que os tribunais não entendem, não conhecem, não sabem o que é racismo. Um caso que chega de racismo para um julgador, às vezes, ele dá uma outra decisão porque ele não conhece, ele não entende [o que é racismo]. Essa é a importância da representatividade. Por isso, precisamos desembargadores negros, prefeitos negros, de governadores negros. Negros mesmo. E, se puder, pessoas com a minha vivência, que veio de baixo e foi galgando”, afirmou, em entrevista à Rádio Metropole.
Ao falar sobre o Dia da Consciência Negra nesta segunda-feira, Carlos Sampaio disse que houve uma “evolução” da situação do negro no país, mas ainda é preciso melhorar. “Evoluímos sim, mas precisamos evoluir mais. As necessidades do povo negro elas urgem, elas precisam de uma respota muito rápida. Há diferença entre o povo que goza desses privilégios e o povo negro que não goza desses privilégios”, avaliou, ao defender as cotas raciais.
“A gente pode observar o Brasil antes das cotas e depois das cotas. Há 12 anos, você chegava em uma faculdade particular ou pública, você não via essa quantidade de pardos e negros. A gente via uma sala repleta de brancos e um negro. Era o tal do negro único, que é meu caso. No período da escola, eu era o negro único”, disse.
Confira a entrevista na íntegra:
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