Domingo, 29 de junho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

"É perigoso ignorar o passado", diz historiador Daniel Aarão sobre ditadura militar

Rádio Metropole

"É perigoso ignorar o passado", diz historiador Daniel Aarão sobre ditadura militar

O historiador Daniel Aarão Reis lançou o livro "Na Corda Bamba – Memórias Ficcionais", que mistura história e ficção sobre os tempos da ditadura

"É perigoso ignorar o passado", diz historiador Daniel Aarão sobre ditadura militar

Foto: Metro1

Por: Metro1 no dia 11 de março de 2024 às 14:30

Atualizado: no dia 11 de março de 2024 às 15:05

O historiador Daniel Aarão Reis lançou o livro "Na Corda Bamba – Memórias Ficcionais", que mistura história e ficção sobre os tempos da ditadura. Durante entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (11), Aarão falou sobre a obra, além de relembrar o golpe, que completa neste ano seis décadas.

Dividido em três partes — a luta, o exílio e o retorno ao Brasil durante a redemocratização — o escritor explica como a obra é crucial para preservar a memória do que ocorreu na época do golpe e suas consequências.

O historiador destacou que a sociedade brasileira tem adotado uma postura semelhante em relação à ditadura militar. Durante a entrevista ele menciona que, na transição democrática liderada por Tancredo Neves, havia uma tendência de não olhar para o passado, visando cicatrizar feridas e seguir em frente. Essa mesma abordagem foi retomada por líderes posteriores, como Lula, enfatizando que olhar para trás só reabre feridas.

No entanto, Aarão adverte que ignorar o passado pode permitir que ele ressurja com mais força. Ele sugere que prestar atenção e discutir o passado não garante que os problemas não retornem, mas é importante para evitar sua repetição.

"Ignorá-lo é quase uma garantia de que ele vai voltar, porque não foi discutido, não foi debatido. Há muitos anos eu levanto a tese de que a ditadura teve apoios, fundamentos importantes, sociais, históricos, mas as pessoas ficaram com raiva achando que eu estava dando voz aos militares. [...] A minha posição era e continua sendo a seguinte: quando você tem uma realidade, você precisa estudá-la, não deve ignorá-la", afirmou.

Confira a entrevista na íntegra: