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“Ele joga à margem do jogo geopolítico", diz cientista político sobre Elon Musk

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“Ele joga à margem do jogo geopolítico", diz cientista político sobre Elon Musk

Professor e diretor editorial da Teletime, Samuel Possebom, aponta que por trás do atrito entre Elon Musk e Alexandre de Moraes pode haver interesse econômico, além de divergências ideológicas

“Ele joga à margem do jogo geopolítico", diz cientista político sobre Elon Musk

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 11 de abril de 2024 às 15:06

Usando a palavra ditador, o empresário sul-africano Elon Musk voltou a criticar o ministro o Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) em publicação no X (antigo Twitter) na madrugada desta quinta-feira (11). O embate entre os dois tem movimentado o cenário brasileiro e, nesta terça-feira (11), no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, o professor e diretor editorial da Teletime, Samuel Possebom, comentou o assunto. 

Questionado sobre quais seriam os interesses de Musk em “brigar” com Alexandre de Moraes e como isso interferia nos negócios do bilionário em terras brasileiras, Possebom defendeu que o resultado deste conflito pode ser negativo para seus negócios, mas também muito positivo para Musk, que é dono da X (antigo Twitter), da Tesla (empresa de veículo elétrico) e da Space X (rede de sistemas aeroespaciais que oferece comunicações e conexão via satélite para áreas remotas no mundo todo).

“Nesse momento eu imagino quanto eleitores de Bolsonaro não estão comprando o Starlink na esperança de que vão ficar sempre conectados ao que Elon Musk vai dizer. Muito se especula na questão dos carros elétricos (…) Empresas chinesas que concorrem com a Tesla estão atuando no Brasil. Então, talvez, ele possa estar incomodado com a presença dessas empresas que estão no Brasil e esse seja um dos motivadores de negócio por trás dessas manifestações que são, verdadeiramente, ideológicas”, explicou. 

Possebom apontou ainda que, desde que Musk comprou o Twitter, a rede social passou a valer 70% a menos do que valia antes. Para o professor, a compra do magnata sul-africano foi muito mais com o objetivo de levá-lo a protagonizar as discussões globais. 

“Mas efetivamente, qualquer ruído que ele gere, ele perde dinheiro. Certamente esse ruído sobre  a Starlink não é bom para os negócios dele. O governo vai passar a olhar com lupa qualquer contratação que envolva a Starlink a partir de agora”, pontuou Possebom, avaliando ainda que o componente ideológico por trás da conduta de Musk pode atrapalhar a visão dele de homens de negócios. 

“Agora a questão é se ele não tem essa motivação ideológica uma motivação econômica também. Afinal de contas, a direita pode voltar ao poder no Brasil, como vai voltar nos EUA”, concluiu.

Confira a entrevista: