Suzana Argollo: Salvador é privilegiada por ter dois circuitos de cinema de arte

Com uma programação diversificada e inclusiva, o Circuito de Cinema Sala de Arte conta com quatro espaços e cinco salas de edição para aqueles que desejam fugir das salas tradicionais de cinema. Em entrevista à Rádio Metropole nesta quarta-feira(22), Suzana Argollo, diretora do Circuito da Sala de Arte, explicou a importância dos espaços culturais e a abrangência das exibições. 

“Os soteropolitanos devem agradecer porque nós temos aqui dois circuitos de cinema de arte, isso é um grande privilégio, então a gente tem programação de cinema de qualidade na cidade, abertura de tela para cinema nacional, para filmes. Eu chamo de cinema inclusivo, porque a gente consegue incluir diversas nacionalidades, diversas estéticas, então a gente tem cinema aí para todos os gostos, cinema para ampliar o repertório, para a gente poder discutir sobre diversos assuntos por outros pontos de vista”, explicou. 

A diretora também detalhou como é feita a curadoria das salas de cinema da Sala de Arte. De acordo com ela, as escolha são pensadas de forma diferenciada para cada espaço e seus frequentadores. 

“O que eu falo é que uma programação de cinema é uma pequena curadoria. E uma curadoria de cinema abrange um universo muito maior. Na programação, a gente tem ali como se fosse um menu, sabe? Uma carta de filmes que estão disponíveis para estrear na semana, que as distribuidoras já marcaram, apontaram junto à Ancine. E a gente vai escolher aqueles filmes que a gente quer estrear. Sempre tendo em vista o perfil da sala de arte, o que é que a gente tem em quer exibir, o que é que a gente acha que dialoga com o público, o que é que é importante para essa formação de público e o que é que a gente quer falar sobre”, completou. O Metro1 divulga semanalmente a programação do Circuito Sala de Arte.

Recuperação pós-pandemia

Segundo Argollo, o cinema de arte passou por um grande desafio principalmente após a pandemia, com uma crise de público que ainda não foi recuperada totalmente. Por isso, o circuito tem se esforçado para pensar e elaborar novos projetos para levar o público de volta.. 

É uma retomada [de público] que vem sendo gradual, mas ela vem acontecendo. O que é importante? Que as pessoas conheçam, que se fale sobre isso, porque é da bilheteria que dos cinemas, dos teatros, que a gente vive. Então, para cuidar essas salas de cinema, é importante que a nossa programação seja sempre divulgada [...] Se tem uma grande divulgação dessa nossa programação regular e também dos nossos projetos especiais, eu acho que o público vai chegando", afirmou.

"Quando fizeram pesquisas para a pandemia, perguntavam para onde que você quer voltar, para qual atividade que reúne pessoas, a maioria falava cinema. E a gente viu que depois não foi isso que aconteceu, mas aos poucos veio retomando", emendou a diretora. 

Confira a entrevista na íntegra: