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Diretor do Instituto de Biologia da UFBA detalha prejuízos ecológicos caso PEC das Praias seja aprovada
Francisco Kelmo concedeu entrevista na Rádio Metropole nesta terça-feira (4)
Foto: Reprodução
Assunto de repercussão nacional, a PEC das Praias ganhou amplo destaque após ser motivo de embates entre a atriz Luana Piovani e o jogador da seleção brasileira Neymar. Especialistas da área apontam diversos riscos do projeto ao meio ambiente e ao ecossistema marinho. Um deles é o diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, Francisco Kelmo, que detalhou em entrevista à Rádio Metropole alguns dos prejuízos que a PEC pode gerar, caso seja aprovada.
"Se essa PEC prosperar vamos perder muitos ecossistemas costeiros, que são responsáveis pela proteção do nosso litoral. Todos eles têm suas peculiaridades e se não forem preservados vamos perder muito, não só em termos de biodiversidade, mas em termos de equilíbrio do nosso próprio planeta", disse.
O Projeto de Emenda à Constituição propõe mudanças na gestão dos terrenos de marinha, faixas de terra próximas ao mar e que auxiliam na conservação ambiental de diversas regiões do país. Uma das proposições sugere a venda dessas áreas para empresas ou pessoas que já estejam em ocupação dos terrenos, mas que hoje ainda são pertencentes à União.
Os terrenos de marinha são localizados a 33 metros do ponto mais alto alcançado pelas marés. Para que empresas ou pessoas possam estar nesses locais, é preciso pagamento de taxas específicas com o objetivo de assegurar o acesso ao público e proteção das áreas costeiras.
Segundo o diretor do IBIO, o projeto pode vir a permitir desmatamento e restrição ao acesso público nas áreas da praia. "E se você retira toda uma vegetação, os animais que vivem ali vão procurar outro lugar. Se todo mundo retira em determinada faixa litorânea para onde vão esses animais?", questinou Kelmo ao afirmar ainda que as previsões apontam que o nível do mar irá continuar subindo e isso poderá afetar essas construções que vierem a surgir no local.
Confira a entrevista na íntegra:
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