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"A sensação é que a gente precisa sempre performar", explica terapeuta sobre novos ritmos sociais

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"A sensação é que a gente precisa sempre performar", explica terapeuta sobre novos ritmos sociais

A declaração foi feita pela terapeuta Lara Mendes na Rádio Metropole nesta quarta-feira (5)

"A sensação é que a gente precisa sempre performar", explica terapeuta sobre novos ritmos sociais

Foto: Carla Astolfo/Metropress

Por: Metro1 no dia 05 de junho de 2024 às 13:07

Atualizado: no dia 05 de junho de 2024 às 15:22

Os novos ritmos sociais acabam trazendo malefícios para saúde mental e afetando tanto o quesito individual quanto o coletivo. Além disso, as novas estruturas levam à sensação da necessidade de um alta performance durante todo o dia. A explicação foi feita pela terapeuta Lara Mendes, nesta quarta-feira (5), em entrevista à Rádio Metropole.

“A gente gosta de olhar em uma questão estrutural e uma individual porque tem um sistema que também acaba fazendo com que as demandas, as exigências, obrigue a gente estar ali o tempo inteiro, sempre performando. O tempo inteiro a gente precisa estar provando algo, com aquele sensação como se estivesse com um débito a todo instante”, explicou a terapeuta.

Lara também ressaltou que o ritmo desenfreado de se viver acaba gerando malefícios para o bem-estar físico e mental, mas que mesmo assim acabam passando despercebidos. Entretanto, esse descuido pode ocasionar problemas maiores para o corpo no futuro. 

“No processo que a gente se depara com um Burnout, com um processo depressivo, com ansiedade extrema, a gente começa a perceber que o nosso corpo vai comunicar alguma coisa e muitas vezes esse corpo já está colapsando. Quando a gente presta atenção nesse corpo, ele já está, exaustivamente, trazendo informações que foram desconsideradas, que a gente desvalidou, não reconheceu. Então é extremamente importante fazer o resgate dessas sensações que estão sendo apresentadas”, ponderou.

A terapeuta comentou também no programa os malefícios impostos pelas redes sociais, que, muitas vezes, acabam cruzando a fronteira do pessoal, do individual, com outros setores da vida, como a rotina profissional. 

“A gente tá em uma grande dificuldade de delimitar essas barreiras que precisam ser estabelecidas. Então no momento que a gente entra em contato com as redes sociais, a gente vai se desconectando dessa interação humana, desse contato com os ‘olhos nos olhos’ e a gente se desloca para esses olhos na tela. E essas atualizações vão acontecendo para que a gente fique vidrado, viciados, nessa forma de sistematizar a nossa vida, com essas interações que muitas vezes acontecem de formas disfuncionais”, acrescentou. 

Confira a entrevista: