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"Vão virar uma epidemia", diz presidente do Cremeb sobre mortes e lesões em procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados

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"Vão virar uma epidemia", diz presidente do Cremeb sobre mortes e lesões em procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados

Otávio Marambaia destacou a importância de escolher com cautela os profissionais para realizar os procedimentos

"Vão virar uma epidemia", diz presidente do Cremeb sobre mortes e lesões em procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados

Foto: Metropress/Fernanda Villas

Por: Metro1 no dia 18 de junho de 2024 às 16:34

Atualizado: no dia 18 de junho de 2024 às 17:43

A morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, após um peeling de fenol em São Paulo tem chamado atenção para a realização de procedimentos estéticos por profissionais que não são médicos. Em entrevista ao Metropole Mais nesta terça-feira (18), o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, comentou os perigos envolvendo esse tipo de intervenção e afirmou que esse cenário vai se tornar em breve uma espécie de "epidemia".

“As pessoas precisam acordar para realidade, vão morrer mais pessoas, se não morrerem, vão ficar sequelados, sendo submetidos a esses profissionais sem qualificação e sem condição de resolver problemas”, disse Marambaia. “Isso vai virar uma epidemia. Pelo amor de Deus, procure um médico, procure uma pessoa que vai saber resolver seu problema e veja onde está sendo feito para que você não seja submetido a um procedimento, tenha uma complicação e morra por que não teve acesso às condições necessárias de evitar que um dano maior acontecesse”, completou o presidente do Cremeb.

De acordo com ele, o conselho quadruplicou o número de fiscalizações contra o exercício ilegal da medicina nos últimos anos. e tem também judicializado muito dos casos de profissionais não médicos realizando procedimentos indevidamente. Marambaia relembrou ainda que, em uma entrevista há dois anos na Rádio Metropole, ele afirmou que em 10 anos procedimentos estéticos com profissionais que não são médicos iriam protagonizar casos de mortes e lesões graves. A previsão do médico era justificada pelo influência das redes sociais na escolha e decisão deste tipo de intervenção.

“Essa coisa de você ir procurar nas redes sociais, você vai ser enganado, igual esse rapaz que perdeu a vida e foi enganado, porque ela [esteticista] não era nem uma pessoa com conhecimento básico de saúde, fez um curso pela internet, um curso de algumas horas, e submeteu uma pessoa a produtos de alta periculosidade”, pontuou o presidente do Cremeb, citando que o médico, além de realizar o procedimento e pedir exame, vai avaliar o psicológico do paciente e a real necessidade daquela intervenção. 

O médico chamou atenção ainda que "uma coisa é o profissional saber fazer o procedimento, outra coisa é saber o que fazer quando esse procedimento tem alguma intercorrência". No caso de Henrique Chagas, por exemplo, ele fez o procedimento com uma esteticista, que havia feito um curso online de aplicação. O empresário passou mal ainda no local, os profissionais do espaço tentaram socorre-lo, mas Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte.

Confira a entrevista na íntegra: