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Advogada cobra atuação de órgãos de proteção ao consumidor em caso de atores que se passaram por médicos

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Advogada cobra atuação de órgãos de proteção ao consumidor em caso de atores que se passaram por médicos

Advogada especialista em Direito Eletrônico, Fabiani Borges foi entrevistada no Metropole Mais

Advogada cobra atuação de órgãos de proteção ao consumidor em caso de atores que se passaram por médicos

Foto: Metropress/Felipe Aguiar

Por: Metro1 no dia 29 de julho de 2024 às 16:20

Atualizado: no dia 29 de julho de 2024 às 17:55

O caso de atores que se passam por médicos e pesquisadores reais para induzir a compra de produtos na internet continua rendendo novos capítulos. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) já denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público, que por sua vez cobrou medida ao Tribunal de Contas da União. A advogada Fabiani Borges, especialista em Direito Eletrônico, também maior fiscalização de diversos órgãos neste caso. 

“Tem uma competência distribuída a vários órgãos para essa fiscalização. O usuário é um consumidor, então por que não chamar o Procom pra esse tipo de prática? As redes sociais, embora se relute muito sobre a regulação das plataformas de internet, é algo que a algum ponto vai chegar, porque querendo ou não isso não desserviço, é uma desinformação admitir uma venda com algo nesse sentido”, analisou a advogada. “Eu gostaria muito de ver os órgãos do sistema de proteção do consumidor atuando fortemente, porque não é difícil você fazer essa identificação na rede social”, completou. 

Fabiani pontuou que esse é um caso com repercussão não só na área do Direito do Consumidor, mas também Civil e até Criminal. Ela cobrou ainda mais controle sobre o mercado de bem-estar, responsável pela venda dos chamados suplementos e que vem ganhando muito destaque no país a partir do discurso de “bem-estar” e "valorização de produtos supostamente naturais”.

“Culpabiliza-se a indústria farmacêutica, que apesar de ter todas as questões jurídicas envolvidas nas suas próprias atividades, é altamente regulada. Um medicamento que vai para a farmácia passa por uma série de testes. A indústria farmacêutica ganha dinheiro, claro, mas a indústria de saúde e bem-estar ganha tanto quanto, sendo que contra ela não tem fiscalização. Não tem a Anvisa, não controle de termos de consentimento livre esclarecido para uma pesquisa ética naquela medicação, naquele suplemento”, afirmou.