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"A gente tem que dizer o que resta das terras indígenas", diz Janio de Freitas após mapeamento do MapBiomas

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"A gente tem que dizer o que resta das terras indígenas", diz Janio de Freitas após mapeamento do MapBiomas

O tema foi debatido no programa Três Pontos desta quinta-feira (22)

"A gente tem que dizer o que resta das terras indígenas", diz Janio de Freitas após mapeamento do MapBiomas

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 22 de agosto de 2024 às 12:57

Atualizado: no dia 22 de agosto de 2024 às 14:24

Um mapeamento feito pelo MapBiomas indicou que o Brasil acumula um saldo negativo de destruição de 33% das áreas naturais de seu território, que incluem a vegetação nativa dos biomas, superfície de água e áreas naturais não vegetadas, como praias e dunas. No programa Três Pontos, nesta semana exibido diretamente do Rio de Janeiro, foram debatidos os impactos da destruição ambiental, delimitação das terras indígenas e desmatamento provocado pelo agronegócio. 

O jornalista Janio de Freitas ponderou que para além da destruição causada por interesses econômicos, é preciso lembrar que o desmatamento também ocasionou um fim de muitas das terras indígenas, o que levou à dizimação de muitos dos povos originários. 

“Eu queria lembrar que preferencialmente a gente tem que dizer o que resta das terras indígenas. Porque uma das calamidades da história do Brasil é exatamente a dupla exterminação dos índios como pessoas e das terras como habitats dos índios. Transformadas em plantações de sojas e pastos de boi magro, porque o solo amazônico não se presta propriamente para criação bovina", pontuou. 

Janio também enfatizou, que apesar dos esforços da ministra Marina Silva (do Meio Ambiente), houve em 2023 um aumento significativo na perda de terras amazônicas como resultado dos incêndios. 

"A maioria deles, não se precisa ter a menor dúvida, é provocada pelos interessados em fazer novos pastos e em menores áreas cultivos do tipo soja mesmo. Então problema é muito maior do que ter no Ministério do Meio Ambiente e nos demais ministérios também pessoas sérias, trabalhando seriamente com projetos sérios e promissores. É preciso chegar a uma mobilização nacional, mas isso é muito difícil em um país como o Brasil", concluiu. 

De acordo com o levantamento, a Amazônia foi a região que apresentou a maior perda de hectares em 2023, com  110 milhões de hectares de vegetação nativa suprimida. A lista tem em seguida o Cerrado, com 38 milhões de hectares; a Caatinga, que perdeu 8,6 milhões de hectares; e 3,3 milhões de hectares perdidos no Pampa.

Confira o programa na íntegra: