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"Elmar não esperava, tomou um balão", diz Otto Alencar sobre sucessão na Câmara
Senador concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (9)
Foto: Filipe Luiz/Metropress
Ao comentar a sucessão na presidência da Câmara dos Deputados em 2025, o senador Otto Alencar (PSD) disse acreditar que não será uma eleição fácil, com unanimidade, como foi a do atual presidente Arthur Lira (PP). A declaração foi feita em entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (9), quando o senador contou como Elmar Nascimento, até então considerado o favorito na disputa, recebeu as mudanças do cenário desta eleição.
“Me parece que não vai ser uma eleição com unanimidade, como foi a de [Arthur] Lira, que foi praticamente candidato único. Ele teve a maior votação da história política na Câmara dos Deputados. Nunca ninguém teve essa votação. Mas o processo está completamente indefinido”, declarou em entrevista a Mário Kertész.
A indicação de um nome pelo atual presidente da Câmara para concorrer à sucessão era esperado para o mês de agosto. Lira visava construir o consenso em torno de uma candidatura única, mas, sem sucesso, adiou a escolha do nome de seu escolhido. Nos últimos meses, três nomes se colocaram como postulantes à sucessão de Lira: Marcos Pereira (Republicanos-SP), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).
Destes, Elmar era apontado como o favorito para receber o apoio formal do presidente da Câmara. O cenário mudou após Marcos Pereira deixar a corrida e indicar para o seu lugar na disputa o líder do Republicanos na Casa, Hugo Motta. A decisão havia sido tomada, justificou Pereira, por não obter apoio em torno de seu nome. Segundo o senador, o nome de Hugo Mota como uma possibilidade que conseguiria apoio de todo já era conhecida por quem acompanhava o processo pela sucessão. O cenário, no entanto, não se confirmou, porque Pereira não conseguiu transferir seus volto para o colega de partido. "Nem sempre os votos que você tem você conduz para o outro. A transferência de votos é algo muito complexo, tanto nas casas legislativas quanto na eleição que o povo escolhe", pontuou.
Até então, Elmar era tido como o favorito por sua relação pessoal com Lira. O novo cenário, porém, o surpreendeu, segundo relatou Otto Alencar. “Elmar tinha a certeza que seria o indicado por Lira. Foi uma surpresa muito grande. Dizem até lá em Brasília, que Elmar ficou na casa de Lira aguardando que ele o indicasse. De repente, Lira não indica, Marcos Pereira retira a candidatura e indica Hugo Motta. Claro que com o aval do Lira. Por isso, desencadeu essa crise. [Elmar Nascimento] ficou muito chateado, tudo caminhava para ele fosse o indicado e tomou um balão”, declarou o senador.
Confira a entrevista na íntegra:
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