Haddad espera que proposta para taxação internacional de super-ricos seja aprovada em cúpula do G20

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse, nesta quinta-feira (12), esperar que a proposta enviada ao G20 para tributação internacional aos super-ricos seja aprovada na cúpula dos chefes de estado do grupo, que tem as 20 maiores economias do mundo e se reunirá no final deste ano, no Rio de Janeiro. A declaração foi feita em resposta a Mário Kertész no programa Bom Dia, Ministro.

Segundo o titular da Fazenda, a aprovação desse tipo de taxação não é fácil e se mostraria ainda mais complexa se fosse feita isoladamente por cada país. “Houve tentativas nesse sentido [em outros países] que não deram o resultado esperado [...] não porque seja injusto, mas porque do ponto de vista prático você tem fuga de capital, mudança de domicílio fiscal, nem todo super-rico está disposto a pagar imposto”, disse. 

O ministro explicou que a discussão do assunto no âmbito do G20 é para que esse imposto sobre a riqueza seja um tributo cobrado internacionalmente, o que significa que não iria importar onde a pessoa estivesse residindo. "Se ela tem bilhões de dólares, ela tem que ser tributada, não importa para qual país ela pague. Ela escolhe um país para morar e tem que pagar o tributo a esse país. Se ela mudar, pagará para outro país”, completou.

Haddad ainda afirmou que o comunicado da proposta foi assinado por todos os 20 ministros de finanças dos países-membros do grupo. O projeto será agora analisado no final do ano pelos líderes de cada país. O evento está agendado para os dias 18 e 19 de novembro.

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