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“Temos preservado biografias”, diz Pedro Maia sobre espetacularização na atuação do MP

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“Temos preservado biografias”, diz Pedro Maia sobre espetacularização na atuação do MP

Como exemplo de preservação da identidade dos envolvidos, o procurador-geral do MP citou as ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)

“Temos preservado biografias”, diz Pedro Maia sobre espetacularização na atuação do MP

Foto: Metropress/Isabelle Corbacho

Por: Metro1 no dia 11 de novembro de 2024 às 09:18

Atualizado: no dia 11 de novembro de 2024 às 18:21

Procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Pedro Maia comentou o que chamou de “espetacularização” da atuação do órgão no estado. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta segunda-feira (11), Maia apontou uma preocupação e cuidado do MP para não expor envolvidos e suspeitos que ainda não passaram por condenações, preservando assim biografias e evitando “condenações prévias”.

“Essa espetacularização que outrora vimos no Ministério Público Brasileiro e até no Ministério Público da Bahia, eu posso dizer que é algo que não existe mais no Ministério Público da Bahia. É uma instituição responsável, que amadureceu, cumpre seu papel de forma firme, nunca trabalhamos tanto em prol da sociedade baiana. Realmente temos preservado biografias. E é necessário que se diga, temos aguardado o devido processo legal. Temos feito a comunicação das ações, sem apresentar rostos, apenas mostrando o trabalho que está sendo feito”, disse o procurador-geral.

Maia citou como exemplo as ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que, segundo ele, conduz mais de 70 operações dentro e fora do sistema prisional, de enfrentamento à criminalidade organizada. Hoje, garante ele, o grupo não expõe os envolvidos, diferente do que acontecia em uma outra fase do MP, quando “mesmo com uma atuação muito mais incipiente, apareciam aquelas narrativas e condenações prévias públicas, de pessoas que estavam ainda sendo investigadas ou acionadas pelo Ministério Público, mas sem uma sentença condenatória com trânsito em julgado, determinando a responsabilização criminal da pessoa”. 

“Então, é um momento de amadurecimento institucional, de diálogo interno muito forte, de compreensão de qual é o nosso papel”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: