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"Piso não se negocia, precisa ser cumprido", dizem representantes de professores da rede municipal
A principal reivindicação do movimento é o cumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério
Foto: Divulgação/APLB Sindicato
Os professores da rede municipal de Educação em Salvador estão há 75 dias em campanha salarial e, nesta terça-feira (6) entram em greve. Representantes do Coletivo de Coordenadoras Pedagógicas participaram de entrevista no Jornal da Cidade nesta segunda-feira (5) para explicar os motivos que levaram à deflagração da greve da categoria.
A professora Denise Souza esclareceu que a principal reivindicação do movimento é o cumprimento do Piso Salarial do Magistério, definido por lei em 2008. "Já são 17 anos que a gente aguarda a implmentação da lei em Salvador. Especificamente com essas gestões que são continuidade, tem 13 anos que nós esperamos que o pagamento do salário mínimo das professoras do município ocorra. E isso não tem sido uma realidade", disse Denise, destacando que, desde o início da campanha, não houve avanço significativo nas negociações com a prefeitura.
Segundo a docente, os professores da rede municipal de Salvadorrecebem hoje 58% abaixo do valor estabelecido por lei. "É como se a gente trabalhasse o mês todo para receber a metade do nosso salário", disse a professora. A proposta apresentada pela gestão municipal foi de um reajuste de 4%, dividido em duas parcelas, o que, na análise das representantes da categoria, é insuficiente e muito aquém do necessário.
Outra representante da cateroria, a professora Nara Carteado acrescentou que uma nova assembleia está marcada para esta terça-feira, com o objetivo de definir a agenda de mobilização para os próximos dias. Ela informou ainda que uma proposta foi discutida com o sindicato nesta segunda, mas rejeitada pela categoria. “Piso não se negocia, ele precisa ser cumprido”, afirmou. O movimento reforça que segue aberto ao diálogo e espera que a prefeitura apresente uma proposta mais próxima das reivindicações da categoria.
Atualmente, segundo as representantes, um professor que entra na rede municipal soteropolitana recebe, em média, R$ 3.072 por 40 horas de trabalho semanal. Isso pode, no entanto, variar de acordo com o tempo de serviço e outros fatores elencados no plano de carreira da categoria.
Confira a entrevista completa:
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