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Contra o mito da neutralidade, pesquisador defende papel político-transformador de artistas na sociedade
Cláudio Leal mostrou, no programa Três Pontos desta quinta-feira (15), a importância de artistas como figuras políticas
Foto: Reprodução/YouTube
A presença política dos artistas e o papel transformador da arte na sociedade foram destacados pelo jornalista e pesquisador Cláudio Leal durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (15). Ao comentar o lançamento da antologia O Devorador – Vida e Arte de Zé Celso Martinez, que organizou com textos de 49 autores, Leal defendeu a importância de figuras como Zé Celso que, além de inovarem na linguagem, mantiveram um posicionamento crítico diante do poder e das estruturas sociais.
“Ele é de uma geração em que o artista opinava muito sobre os rumos da sociedade. Isso até hoje gera uma implicância em relação aos artistas, em períodos ditatoriais ou não, que acham que o artista tem que apenas tocar seu violão, fazer sua peça. Mas o Zé Celso era um desses artistas que falavam em nome do povo brasileiro, da alma brasileira, como Glauber, como Caetano”, disse.
Segundo Leal, o teatro de Zé Celso rompeu com a ideia de arte neutra ou meramente estética. Sua obra articulava vanguarda e engajamento, sempre vinculando linguagem e ação política. Ele se opunha à ideia de uma modernidade despolitizada, e fez do palco um espaço de luta, criação e crítica social.
“O teatro dele foi uma forma de resistência e invenção. Um grito contra o conformismo. Ele acreditava que a arte precisava incomodar, precisava se posicionar — não ser apenas um reflexo, mas um agente da mudança”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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