Jerônimo destaca queda nos índices de violência e reforça combate ao crime organizado: “Não transferimos culpa”

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), defendeu, nesta segunda-feira (19), a importância de um modelo de Segurança Pública que vá além da repressão policial, envolvendo diferentes instituições do Estado e da sociedade. Em entrevista à Rádio Metropole, detalhou o trabalho do governo contra o crime organizado, cujo foco, segundo ele, é enfraquecer a capacidade de financiamento desses grupos.

“[Segurança Pública] é o desafio em todo o Brasil, e não estou aqui transferindo a responsabilidade para o presidente Lula. O que é da Bahia, a responsabilidade do governador do estado, com toda a minha tropa, [mas] Segurança Pública não é só polícia, tem outros elementos. Muito embora, polícia é segurança pública. E segurança pública requer a presença de polícia, não tenho dúvida disso”, avaliou o governador.

Jerônimo Rodrigues também citou as parcerias com o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Defensoria Pública, para discutir os índices de violência e desenhar novas ações de combate. “A gente não fica naquela função de dizer a culpa do TJ que dá a custódia. A gente não fica apontando para o outro, a gente senta, discute e vê, sem ferir a autonomia dos órgãos”, pontuou. 

O governador ressaltou que a Bahia tem avançado com indicadores positivos, incluindo queda nas mortes violentas e nos assaltos a banco. Ele destacou ainda o reajuste salarial dos profissionais da Segurança Pública e investimentos em estrutura e condições de trabalho - como melhorias em delegacias, novos pelotões, armamentos, coletes, reformas de presídios - como outras ações importantes para a área.

Jerônimo também citou os esforços em grandes eventos como o Carnaval e o São João, destacando o uso de tecnologia, como câmeras nas fardas e sistemas de reconhecimento facial. Em pesquisa recente, segundo ele, 98% dos entrevistados afirmaram se sentir seguros. Apesar dos avanços, o governador reconheceu que a violência ainda impacta profundamente a sociedade e lamentou cada perda de vida. Ainda assim, garantiu que o combate ao crime organizado continuará firme, com foco em desarticular redes criminosas e enfraquecer sua capacidade de financiamento.

Confira a entrevista na íntegra: