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Debate político só se concentra na sucessão de políticos, critica Otto, ao defender fim da reeleição
Senador concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (23)
Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress
O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou, mais uma vez, o modelo de reeleição no Brasil e defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a recondução para cargos de presidente da República, governadores e prefeitos. Durante entrevista à Rádio Metropole, nesta sexta-feira (23), Otto declarou que o debate político no país se concentra excessivamente na sucessão de cargos do Poder Executivo, quando a prioridade deveria ser a gestão pública e a melhoria das condições do país.
“Termina uma eleição e agora não se fala outra coisa se não a sucessão dos senadores, governadores e presidentes da República. O debate é em cima disso”, disse o senador ao comentar que tenta convencer seus colegas no Senado a acabar com a reeleição. Otto ainda citou que o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que originalmente propôs a emenda à Constituição que instituiu a reeleição, já reconheceu o erro. "Ele (FHC) fez 'mea culpa', dizendo que foi o mal que fez ao Brasil, dizendo que o Brasil não estava preparado para reeleição", relembrou.
Ainda durante o Jornal da Bahia no Ar, o parlamentar citou o alto custo das campanhas eleitorais no Brasil, por serem realizadas a cada dois anos“. A reeleição, e sobretudo as eleições a cada dois anos, é muito dinheiro investido em campanhas, é dinheiro que dá para fazer estrada, escola, um monte de coisa”, afirmou.
Segundo o senador, a atual dinâmica eleitoral, focada em apoiadores financeiros, prejudica o processo político no Brasil. "A eleição deixou de ser de apoiadores e virou de financiadores, é um absurdo. “Quando fizermos eleição de todos os níveis vai ficar mais tranquilo, e vamos ter um fundo eleitoral a cada 5 anos e uma economia muito grande para o Brasil".
A PEC do fim da reeleição propõe a extinção da possibilidade de reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos. Se aprovada, a medida estabelece mandatos de seis anos para prefeitos a partir de 2028 e de quatro anos para governadores a partir de 2030. A PEC também prevê eleições gerais unificadas para todos os cargos a partir de 2034, com a realização de eleições de cinco em cinco anos. Ela foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e agora será votada no plenário.
Confira a entrevista na íntegra:
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