Quinta-feira, 05 de junho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Economista defende modernização das leis para refletir novos formatos de trabalho

Rádio Metropole

Economista defende modernização das leis para refletir novos formatos de trabalho

Deborah Bizarria concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (3)

Economista defende modernização das leis para refletir novos formatos de trabalho

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 03 de junho de 2025 às 09:08

Atualizado: no dia 03 de junho de 2025 às 09:14

A economista Deborah Bizarria afirmou, nesta terça-feira (3), que é preciso repensar o atual modelo de trabalho no Brasil, especialmente diante da realidade de milhares de pessoas que buscam alternativas fora da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Metropole, onde Bizarria abordou os desafios da inclusão produtiva e a importância de respeitar as aspirações da população.

“Às vezes, pessoas da elite reclamam muito como se as pessoas mais pobres estivessem sendo alienadas por querer outra rota sem ser a de funcionário CLT, que é obviamente uma forma de vida legítima. Mas tem quem quer empreender, que quer flexibilidade. Muitas vezes são mulheres que querem ou precisam para cuidar da família, dos filhos. Só que se perde de vista que, se querem incluir as pessoas na economia, que elas se desenvolvam, temos que partir da aspiração que elas já tem, e não tentar forçar algo que não tenha a ver com as necessidades ou com o perfil delas”, afirmou a economista.

Bizarria também criticou o formato atual da legislação trabalhista, que considera ultrapassado frente às transformações do mercado. Para ela, o modelo engessado da CLT já não responde adequadamente às demandas contemporâneas, principalmente no setor de serviços.

“A CLT deu avanços importantes, mas o modelo é muito engessado e voltado para uma época industrial. E hoje boa parte dos trabalhadores tá no setor de serviço. Então o que a gente tem é demanda por maior flexibilidade, por menos horas. As pessoas acabam indo ou para a informalidade ou para o MEI. Mas precisa-se refletir esses vínculos e não forçar as pessoas a uma coisa que não se encaixa na vida delas, de uma lei do século passado”, defendeu.

Confira a entrevista na íntegra: