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Bob Fernandes alerta para perigos da IA nas eleições de 2026: ela não é neutra, pode ser treinada para mentir

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Bob Fernandes alerta para perigos da IA nas eleições de 2026: ela não é neutra, pode ser treinada para mentir

No programa Três Pontos desta quinta (5), Bob Fernandes comparou o uso político da IA à atuação do WhatsApp em 2018 e denunciou a omissão das autoridades

Bob Fernandes alerta para perigos da IA nas eleições de 2026: ela não é neutra, pode ser treinada para mentir

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 05 de junho de 2025 às 12:58

Atualizado: no dia 05 de junho de 2025 às 15:29

O uso da inteligência artificial (IA) nas eleições brasileiras e os riscos da ausência de regulamentação foram temas centrais da análise feita pelo jornalista Bob Fernandes no programa Três Pontos, desta quinta-feira (5). Ele alertou para a reunião entre Jair Bolsonaro, lideranças do  Partido Liberal (PL) e executivos de Big Techs, como Google, Meta, Facebook, Instagram e WhatsApp, realizada no último fim de semana, em Fortaleza, com o objetivo de discutir o uso de novas tecnologias digitais nas campanhas de 2026.

“Os executivos que foram a esse encontro não sabem o que foi o WhatsApp em 2018? Não sabem o que o Pablo Marçal fez na eleição passada? Marçal poderia ter sido eleito prefeito. Se tivesse sido eleito, iam cassá-lo como fizeram com o outro? Tarcísio fez o que fez. Foi cassado? Não. O mesmo juiz, o mesmo tribunal não caçou o Tarcísio, que mentiu e acusou Boulos, no domingo da eleição, diante das televisões e rádios, de ter parceria com o PCC”, disse.

Bob Fernandes criticou o julgamento no Congresso e no STF sobre a responsabilidade das plataformas, e citou os alertas de Geoffrey Hinton, pioneiro da IA, que abandonou o Google para denunciar os perigos da tecnologia descontrolada. Hinton vem alertando para sua aplicação em armas autônomas e manipulação em larga escala, inclusive no ambiente eleitoral. Para o jornalista, a responsabilização das empresas é indispensável, e alegar censura é fugir do problema.

“O que está em jogo é muito maior do que regulamentar um algoritmo. É o futuro da democracia, da informação pública e das eleições. Inteligência artificial não é neutra. Ela pode ser treinada para mentir, manipular e influenciar votos. E quem lucra com isso não quer ser responsabilizado”, concluiu.

Confira o programa completo: