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"Um médico mal formado é caro para o sistema de saúde", alerta presidente da AMB

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"Um médico mal formado é caro para o sistema de saúde", alerta presidente da AMB

César Eduardo Fernandes concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (6)

"Um médico mal formado é caro para o sistema de saúde", alerta presidente da AMB

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 06 de junho de 2025 às 08:47

Atualizado: no dia 06 de junho de 2025 às 09:42

O ginecologista e presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, comentou os desafios enfrentados pela medicina no Brasil, classificando o momento como caótico para a área. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (6), ele abordou temas como a formação médica e alertou que "um médico mal formado custa caro para o sistema de saúde"

Ele apontou que existem em todo o Brasil escolas médicas “sem as mínimas condições para formar um médico”, seja por não ter docentes o suficiente, estrutura necessária ou campo de ensino para a prática do profissional. Como um dos resultados dessa formação, César Eduardo Fernandes cita o exagero no pedido de exames, que tem reflexo no custo do sistema de saúde. 

“Médico mal formado é caro também para o sistema de saúde. Ele exagera no pedido de exame. Uma paciente me trouxe 90 exames solicitados por uma médica. Quem paga essa conta? Uma operadora de saúde, um convênio que paga? Equívoco, ao final vai ter um cálculo para as mensalidades que se seguem no próximo ano, com base na sinistralidade[...] Então, por essa razão, nós não podemos abrir mão da competência médica”, afirmou.

O presidente da ABM citou ainda as consultas cada vez mais rápidas, mas pontuou que, na maioria das vezes, essa prática é uma exigência imposta aos próprios médicos, que também são “vítimas de um sistema perverso”. Para garantir a segurança dos pacientes, o presidente da AMB sugeriu a adoção de mecanismos mais rígidos de avaliação da capacidade profissional. “Eu me refiro aos conhecimentos necessários, às habilidades que precisam ser adquiridas, à capacidade que o médico tem no exercício da sua função. Tudo isso precisa ser testado. O diploma de médico não testa isso. Então, eu acho que precisamos fazer um exame como bem fazem os advogados”, concluiu.

Confira a entrevista completa: