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Kannalha explica que pagodes com "duplos sentidos" não pretendem influenciar o comportamento de quem consome

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Kannalha explica que pagodes com "duplos sentidos" não pretendem influenciar o comportamento de quem consome

O artista concedeu entrevista na Rádio Metropole nesta sexta-feira (6)

Kannalha explica que pagodes com "duplos sentidos" não pretendem influenciar o comportamento de quem consome

Foto: Foto: Fernanda Vilas/Metropress

Por: Metro1 no dia 07 de junho de 2025 às 08:00

O cantor Danrlei Orrico, conhecido como O Kannalha, disse que o atrito de gerações é um ponto complicado para o pagode baiano e que o ritmo não pretende criar influência sobre quem escuta por conta do uso de “duplos sentidos”.

“Se está tocando nos paredões é porque tem uma geração que consome, mas espero que não seja influencia pra ninguém. Eu tenho ciência que na minha época de criança via o que os adultos escutavam, sabia muito bem o que estavam falando, mas não dizia nada do que eu tinha que fazer ou do que eu ia ser”, disse Kannalha. 

Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta sexta-feira (6), o artista explicou as mudanças que ocorreram no pagode baiano e os motivos de ser um gênero que ainda divide opiniões. 

“Os gêneros que tocam hoje nos paredões não são puros. Tem o pagofunk, mistura com outra cultura aqui do Brasil, mas não deixa de tratar da Bahia. Ele se divide do pagodão. Consigo diferenciar isso dentro do meu projeto. Qual é a linguagem e as intenções, o que é mais proibido. O pagode é muito discriminado porque a galera não se acostumou. Vim de uma linha sonora que era muito mais pesada, mas busco minha melhora”, disse o artista. 

Danrlei contou como surgiu o sucesso “O Baiano”, música que viralizou nas redes sociais, e como se comunica com o público que consome. 

“Estávamos no verão, atrasado com os projetos, não tinha lançado nada. Pensamos em ‘o que combina com Kannalha?’ E as meninas dizendo que eu tinha o molho. Peguei o gancho e fizemos os ensaios de verão. Eu queria falar algo que de fato o baiano falasse. Eu sabia que meu público entendia rapidamente o que eu queria falar, mas tem toda uma questão de outras gerações”, contou o artista.

Kannalha disse que apesar da vergonha com os termos usados na música, resolveu lançar uma composição com o objetivo de ser descontraída. Segundo ele, foi uma forma de enaltecer o baiano e trazer um protagonismo. 

Confira a entrevista completa: