Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Silvio Humberto comenta persistência do racismo em Salvador: “quando o racismo lhe desumaniza, você não se reconhece”

Rádio Metropole

Silvio Humberto comenta persistência do racismo em Salvador: “quando o racismo lhe desumaniza, você não se reconhece”

Vereador foi entrevista no Jornal da Bahia no Ar desta quarta-feira (30)

Silvio Humberto comenta persistência do racismo em Salvador: “quando o racismo lhe desumaniza, você não se reconhece”

Foto: Metropress/Samanta Leite

Por: Metro1 no dia 30 de julho de 2025 às 10:05

Atualizado: no dia 30 de julho de 2025 às 10:22

A persistência do racismo em Salvador, cidade com mais de 70% da população negra, continua entrelaçada à pobreza, à desigualdade e à ausência de políticas estruturantes. A análise foi feita pelo vereador de Salvador e comentarista da Rádio Metropole, Silvio Humberto, nesta quarta-feira (30), durante o Jornal da Bahia no Ar. Fundador do Instituto Steve Biko, o parlamentar destacou a urgência de discutir o racismo para além do preconceito e seus impactos sobre o acesso a oportunidades.

"O racismo lhe desumaniza. Quando lhe desumaniza, você não se reconhece. E eu entendo que nós, a população negra, nós somos átomos. Mas átomos separados, não acontece nada. Átomos quando se juntam, no mínimo, dá uma bomba atômica. Então, assim, é por isso que essa virada de chave precisa ser uma virada de chave com a consciência que vai para além da cor, e essa compreensão, que se eu transformo Salvador numa cidade da igualdade para valer, eu vou atrair capital”, disse.

Para Humberto, é impossível combater o racismo sem colocar a juventude negra no centro das políticas públicas em todos os níveis. Ele alertou que o racismo cria suas próprias engrenagens e se adapta ao tempo para manter privilégios e que a ausência de acesso econômico implica diretamente na falta de representação política e vice-versa. Nesse cenário, apontou que o Instituto Steve Biko tem atuado, há 33 anos, na formação de lideranças negras e no fortalecimento da autoestima, ampliando horizontes de jovens historicamente marginalizados.

"Esse mito da democracia racial, vai se reconfigurando a cada ataque, a cada ação nossa. Tanto que o que é dito é que não são os nossos erros, são os nossos acertos. Nós somos atacados pelos nossos acertos", concluiu.

Confira entrevista completa: