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Pastora aponta papel social das igrejas como fator-chave para crescimento do número de evangélicos no país: “dá dignidade a quem não tem”
Pastora Gicélia Cruz concedeu entrevista ao Jornal da Metrople no Ar desta terça-feira (10)
Foto: Metropress/Victor Ramos
O crescimento da população evangélica no Brasil tem se consolidado como um fenômeno social, principalmente nas periferias urbanas. Durante participação no Jornal da Metropole no Ar desta terça-feira (10), a pastora evangélica Gicélia Cruz, historiadora e mestre em Educação Contemporânea, afirmou que a presença evangélica tem ocupado espaços onde o Estado não chega, oferecendo acolhimento, assistência e possibilidades de liderança a pessoas historicamente marginalizadas.
"Na periferia, uma mulher preta com pouca escolaridade pode virar líder do círculo de oração. O homem que é invisível fora, com seu uniforme de serviço, dentro da igreja é presbítero, é evangelista. A igreja dá lugar, nome e dignidade a quem não tem", disse a pastora.
Segundo Cruz, que pesquisa a conversão de negros ao protestantismo desde o século XIX em Salvador, essa expansão tem raízes históricas e culturais. Ela destacou o papel do pentecostalismo e das igrejas neopentecostais como espaços de pertencimento para a população negra, inclusive com elementos simbólicos compartilhados com a ancestralidade, como a música percussiva e a oralidade nos cultos.
“A igreja virou um celeiro de lideranças e uma rede de apoio. Ali eu arrumo emprego, sou ouvida, canto, lidero. É por isso que a presença evangélica cresce. Porque, no fundo, as pessoas querem existir”, concluiu, destacando ainda o uso estratégico das mídias pelas igrejas neopentecostais desde os anos 1970.
Confira a entrevista completa:
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