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Ministra critica concentração de projetos culturais no Sudeste e promete equilíbrio: "estamos fazendo uma correção histórica"
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Ministra critica concentração de projetos culturais no Sudeste e promete equilíbrio: "estamos fazendo uma correção histórica"
Em entrevista à Metropole, ministra aponta mecanismos que vêm sendo adotados para garantir mais acesso aos incentivos culturais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Foto: Victor Vec/ MinC
Em agenda em Salvador, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, voltou a defender as leis de incentivo ao setor cultural, como a Lei Rouanet, e criticou as narrativas distorcidas com finalidade política. Mas, em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, a ministra também citou as críticas sobre a centralização em projetos do eixo Rio-São Paulo e explicou os mecanismos que estão sendo adotados para descentralização.
“A Lei Rouanet é a nossa parte, a parte do setor cultural, dentro de todos os investimentos que o governo faz, em todas as pastas, para destinar a projetos. Então, primeiro que o Ministério da Cultura não dá dinheiro pra ninguém. O Ministério da Cultura analisa projetos, não existe nenhum tipo de apoio direto. Uma empresa para fazer esse patrocínio destina apenas 0,4% do que pagaria em imposto. É uma conquista do setor cultural para fazer cumprir o que está na Constituição levando cultura à população”, disse.
Margareth revelou que, no início de sua carreira como cantora, enfrentou dificuldades para conseguir apoio e chegou a ter visões distorcidas sobre essas leis. “Mas o que eu entendi é que muitas pessoas reclamam de uma centralização, inclusive percebemos isso, uma grande concentração no Sudeste principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, e fizemos uma correção histórica em relação à aplicação dessa lei de incentivo”, informou, citando mecanismos que focam em projetos de regiões específicas, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Apesar do reconhecimento, a ministra explicou que essa centralização acontecia porque nessas regiões se concentram também as empresas patrocinadoras.
Para Margareth, a lei é um direito do setor Cultural e vem também para incentivar uma economia e um setor que emprega mais de 7 milhões de pessoas. Sobre o São João, por exemplo, a ministra revelou que chegou a receber setores ligados à festa com reclamações sobre o acesso a esses incentivos. Neste ano, o governo federal investiu, segundo ela, R$ 30 milhões nas festas juninas de todo o Brasil. “Sabemos do impacto da festa, da simbologia dessa cultura nordestina, sabemos que a contrapartida é emprego e renda", concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
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