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Há instrumentalização da fé para fins políticos”, diz teólogo sobre bancada evangélica

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Há instrumentalização da fé para fins políticos”, diz teólogo sobre bancada evangélica

Rodolfo Capler concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (8)

Há instrumentalização da fé para fins políticos”, diz teólogo sobre bancada evangélica

Por: Metro1 no dia 08 de julho de 2025 às 09:01

Atualizado: no dia 08 de julho de 2025 às 09:53

Em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (3), o pastor e teólogo Rodolfo Capler comentou a atuação política das igrejas evangélicas no Brasil. Segundo Capler, a bancada evangélica tem se mostrado mais combativa do que propositiva, levantando projetos de lei que não atendem às reais necessidades da população.

“A Frente Parlamentar Evangélica atua de forma mais combativa do que propositiva, sempre levantando PLs e PECs que não se relacionam com as necessidades da população em geral. Eles querem estabelecer um projeto de poder, porque têm suas tensões e projetos próprios. Há uma instrumentalização da fé para fins políticos”, afirmou o teólogo.

Capler ainda abordou, durante o Jornal da Bahia no Ar, o crescimento da população evangélica no Brasil, que embora os números não tenham atingido as projeções, ainda representam uma força considerável. “De fato, os evangélicos não cresceram tanto quanto se esperava. A ideia era que crescessem 6 pontos percentuais, mas ficou evidenciado no último censo do IBGE que não foi isso que aconteceu”, afirmou. Capler atribui parte desse crescimento à maior acessibilidade geográfica das igrejas evangélicas, que se espalham pelo Brasil de forma mais rápida e simples, em comparação com as dificuldades enfrentadas pela Igreja Católica para abrir novas paróquias.

Capler também pontuou que o papel social das igrejas evangélicas supre lacunas deixadas pelo poder público em várias regiões do país. “As igrejas evangélicas agem como estado de bem-estar social. Onde o estado não chega, as igrejas chegam. Elas intermediam conflitos, ajudam as pessoas a se alimentarem e oferecem apoio a jovens sem perspectivas. Por essas razões, elas conseguem ter cada vez mais adeptos”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: