Quinta-feira, 17 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Janio de Freitas relaciona Lava Jato e governo Bolsonaro a plano global neoliberal: “Está tudo articulado”

Rádio Metropole

Janio de Freitas relaciona Lava Jato e governo Bolsonaro a plano global neoliberal: “Está tudo articulado”

No programa Três Pontos desta quinta-feira (17), Janio de Freitas revelou como Guedes e Moro podem ter feito parte de um roteiro externo

Janio de Freitas relaciona Lava Jato e governo Bolsonaro a plano global neoliberal: “Está tudo articulado”

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 17 de julho de 2025 às 12:36

A presença de figuras como Paulo Guedes e Sérgio Moro no governo Bolsonaro não foi coincidência, mas parte de um projeto bem articulado que liga a Lava Jato a um sistema neoliberal internacional com raízes nos Estados Unidos. A análise é do jornalista Janio de Freitas, feita nesta quinta-feira (17), no programa Três Pontos. Segundo ele, esses atores integraram uma engrenagem que visa deslegitimar o Estado e moldar os rumos do Brasil conforme interesses externos.

"Isso tudo está muito articulado com coisas que vêm não só de trás, como de longe, para determinar os rumos da economia brasileira, da desigualdade, da continuidade deste povo tão desigual em termos econômicos, sociais e políticos. E isso tudo ilustra, torna mais claro o que foi efetivamente a Lava Jato. Porque quem mantinha contato. não sei em que proporção, mas não há a menor dúvida de que esses contatos existiam, até porque foram reconhecidos por ambos, quem mantinha contato com Sérgio Moro era Paulo Guedes. E Paulo Guedes é um dos fundadores do Instituto Millenium, que é parte desse sistema internacional cuja raiz está nos Estados Unido”, disse.

Freitas lembrou que o desmonte trabalhista, a reação à reforma tributária e a campanha contra o Plano Nacional de Direitos Humanos são peças de um mesmo tabuleiro. Guedes, fundador do Instituto Millenium, e Moro, ex-juiz da Lava Jato, operaram dentro de um cenário de cooperação ideológica com instituições ligadas ao capital financeiro e à geopolítica dos EUA.

"Paulo Guedes veio a ser ministro da Fazenda de Bolsonaro, e Sérgio Moro teve o destino que todos sabemos — mas que ainda não é o destino justo com o que ele fez. Está longe disso, porque ele está dentro do Congresso. Saiu do Judiciário para evitar uma punição forte. Era certo que ele seria submetido a essa punição. E foi bater no Congresso, que tantas vezes tem servido de cobertura, de proteção, de defesa, para Sérgio Moro, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro”, concluiu.

Confira o programa completo: