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Papel, porrada e coragem: Jornal da Metropole comemora 17 anos de irreverência, crítica e jornalismo sem rabo preso
Criado em 2008, o JM virou referência ao unir bom humor, crítica afiada e jornalismo de verdade — toda semana, sem baixar o tom
Foto: Metropress/Filipe Luiz
Quando o assunto é meter o dedo na ferida com criatividade e coragem, o Grupo Metropole já mostrou – e segue mostrando – que não tem medo do barulho. Foi com esse espírito inquieto que, lá em 18 julho de 2008, resolvemos botar nas ruas um jornal impresso e gratuito. Deu certo. E hoje ele celebra 17 anos de vida, resistência e muita cara de pau (no melhor dos sentidos).
Mas pra entender de onde veio essa vontade de contar tudo do nosso jeito, é bom lembrar da precursora: a Revista Metropole. Lançada em 2007, ela já chegou mostrando que não estava ali pra agradar político. A capa de estreia foi um verdadeiro soco na mesmice: uma montagem do então prefeito de Salvador com nariz de palhaço. Manchete? “Salvador se afunda em caos, lixo e bagunça”. Ele, ofendido, fez o que os poderosos costumam fazer quando se incomodam com verdades: tentou calar.
Veio a segunda edição com a resposta atravessada: “O prefeito mandou calar”. E foi nesse tom — desafiador, direto e bem-humorado — que a revista seguiu firme por 17 edições, até dezembro de 2008. Mas antes do adeus definitivo, o espírito já havia migrado para outro corpo: em julho daquele mesmo ano, o Jornal Metropole foi lançado.
E se teve algo que não mudou foi o nosso compromisso com o incômodo. Toda semana, lá estávamos nós apontando o dedo na ferida — sem perder a piada, mas com seriedade na apuração. Porque é assim que o JM sempre funcionou: “com uma boa dose de irreverência aliada à apuração de qualidade e sem deixar de lado aquela pitada de ironia.”
A primeira capa, que saiu naquele mês de estreia, já dizia tudo: “A chatice está nas ruas”. Era uma provocação direta ao início do período eleitoral, com seus carros de som enlouquecedores, bandeiras por todo lado e muros tomados por rostos sorridentes demais pra serem confiáveis. A partir dali, ninguém mais teve sossego — pelo menos não quem vive de fazer besteira com o dinheiro e a paciência do povo.
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