Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Descontos em farmácias escondem coleta de dados e risco de consumo excessivo, alerta professor da UFBA

Rádio Metropole

Descontos em farmácias escondem coleta de dados e risco de consumo excessivo, alerta professor da UFBA

Genário Oliveira critica fragilidade na regulamentação e aponta que exigência do CPF serve para traçar perfil de consumo e induzir compras

Descontos em farmácias escondem coleta de dados e risco de consumo excessivo, alerta professor da UFBA

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 11 de agosto de 2025 às 17:43

Atualizado: no dia 11 de agosto de 2025 às 18:43

Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Genário Oliveira apontou controvérsias relacionadas aos descontos fornecidos em farmácias sob a condição de fornecimento do CPF -- o assunto também foi tema da matéria de capa no Jornal Metropole desta semana.

Em entrevista ao Metropole Saúde nesta segunda-feira (11), o professor explicou que o CPF é utilizado para armazenar dados e traçar um perfil do consumidor. Esse perfil é posteriormente utilizado para oferecer publicidade e induzir o cliente a outra compra.  Genário Oliveira ainda fez um alerta para a intoxicação pelo uso excessivo de medicamentos, especialmente ao levar em conta a fragilidade na regulamentação para adquiri-los.

“Uma farmácia tem o perfil do que você consome, então quando você faz um pedido, recebe um ticket com base no histórico do seu consumo. Dão descontos em cima dos produtos... Às vezes, nem precisa, mas compra pelo desconto. Há estatísticas de intoxicação pelo consumo desses medicamentos”, disse o professor.

Segundo Genário, as farmácias brasileiras se inspiram no modelo norte-americano de comercializar produtos além dos medicamentos, como uma loja de conveniência. “O modelo norte-americano não é um modelo condenatório para você comercializar medicamentos e no mesmo espaço comercializar produtos de maquiagem. Mas aqui temos fragilidade para que o paciente tenha acesso a um medicamento que ele precisa de prescrição, nos Estados Unidos você não compra, aqui houve esse afrouxamento”, completou.

Confira a entrevista na íntegra: