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Mk Entrevista: Leandro Demori compara momento atual a fascismo em reflexão histórica

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Mk Entrevista: Leandro Demori compara momento atual a fascismo em reflexão histórica

No retorno do MK Entrevista, jornalista resgata ascensão dos fascistas e alerta para paralelos com crises políticas contemporâneas

Mk Entrevista: Leandro Demori compara momento atual a fascismo em reflexão histórica

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 11 de agosto de 2025 às 19:33

O jornalista Leandro Demori comparou o momento atual vivido no mundo ao nazismo e ao fascismo. Durante o MK Entrevista, projeto da Metropole que retorna depois de 10 anos nesta segunda-feira (11), ele fez um resgate histórico para traçar um paralelos com as crises políticas contemporâneas.

“Não é por acaso que a gente sempre remete ao nazismo e ao fascismo. Isso muitas vezes foi usado contra comunicadores, pesquisadores, jornalistas, para dizer que estávamos exagerando: ‘vocês tudo é fascismo, é nazismo, é ditadura, tudo é golpe. E aí quando a gente tira o véu, era fascismo, nazismo, ditadura e golpe. Desde que levantamos essas palavras, elas nunca foram à toa”, iniciou o jornalista. 

Demori lembrou que na fundação do Partido Fascista, na primeira eleição, no pós-Primeira Guerra Mundial, o grupo conseguiu 4,1 mil votos, enquanto os socialistas somaram 1,7 milhão. “O Partido Fascista era tido como um bando de palhaços. Fizeram um cortejo fúnebre na frente do escritório do Mussolini, com um cadáver falso de palha no lugar dele, sepultando a morte política do Mussolini. Publicaram um obituário falso dele num jornal que ele dirigia à época para mostrar que ele estava morto politicamente”, lembrou o jornalista.

Mas, anos depois, os fascistas tomaram o poder na Itália, fizeram a famosa marcha sobre Roma com seus Camisas Negras, que à época eram inspirados no grande grupo armado que Mussolini tinha ao seu redor. Demori comparou esse grupo aos famosos Kids Pretos, forças especiais do Exército Brasileiro.

“E a gente vê que as semelhanças não param por aí. A fundação do Partido Fascista na Praça Santo Sepulcro, em Milão, colocando essa aura religiosa, mística, em cima da ideia de que se tinha de salvar a nação. E muito do que se observou nos Estados Unidos, navegando de vela cheia em cima da desconfiança da população em relação ao próprio sistema, das promessas que foram feitas no pós-guerra, de entrega das potências capitalistas com a decapitação de reis, de que as pessoas terem terra, equipamento, crédito fácil e nada disso aconteceu e transformando o ódio das pessoas em ação”, explicou. 

Confira a entrevista na íntegra: