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“Câncer de pulmão seria raro se não fosse o cigarro”, alerta pneumologista ao falar sobre riscos dos vapes

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“Câncer de pulmão seria raro se não fosse o cigarro”, alerta pneumologista ao falar sobre riscos dos vapes

Médico fez alerta para o uso dos cigarros eletrônico e sua contribuição para ocorrência de 80 a 90% dos cânceres, com uso mais fácil que o tradicional

“Câncer de pulmão seria raro se não fosse o cigarro”, alerta pneumologista ao falar sobre riscos dos vapes

Foto: Reprodução/Rádio Metropole

Por: Metro1 no dia 12 de agosto de 2025 às 17:03

Atualizado: no dia 12 de agosto de 2025 às 18:18

O pneumologista Octávio Messeder fez um alerta para a gravidade do câncer de pulmão e os riscos dos cigarros eletrônicos, os chamados vapes. Em entrevista ao Metropole Saúde desta terça-feira (12), o médico chamou atenção para crescimento de mortes causadas por câncer de pulmão, especialmente entre os jovens, público que representa o maior percentual de consumidores dos vapes.

Segundo Octávio, o câncer de pulmão seria uma doença rara se não fosse o cigarro, pois 80% a 90% dos cânceres são causados pelo cigarro. Para ele, o vape é uma estratégia da indústria tabagista, que, ao notar a perda de espaço com o tradicional, começou a utilizar a nicotina com “fácil delivery” nos cigarros eletrônicos.

“O câncer de pulmão está matando pessoas jovens. Câncer é muito diferente um do outro, outros cânceres tem tratamento muito mais eficazes que o câncer de pulmão. Este, para ser curado, precisa ser retirado ainda pequeno, qualquer outro tratamento será feito para prolongar a vida, mas cura é muito mais difícil”, afirmou o médico.

Segundo o pneumologista, mesmo com a proibição em 2009, o uso de cigarros eletrônicos tem crescido e causado preocupação entre os especialistas. Ele classificou o dispositivo como uma “malvadeza”, que atrae usuários porque tem uso mais fácil (já que não há combustão), não causa incômodo com o cheiro como em cigarros tradicionais e, ao mesmo tempo, traz nicotina, a substância viciante.

“Eu tenho visto no consultório, pessoas que vão lá por ter doença de pulmão, que se dão o luxo de usar vape. E em vez de fumar cigarro tradicional, usa o vape de 100 a 150 vezes por dia. Em outras palavras, ficou muito fácil satisfazer o vício, quanto mais o indivíduo usa, mais sente a necessidade de fazê-lo”, completou.

Confira a entrevista na íntegra: