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Vice do CRC-BA alerta para risco do endividamento no cartão e importância de educação financeira

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Vice do CRC-BA alerta para risco do endividamento no cartão e importância de educação financeira

André Luis destaca falta de educação financeira e uso excessivo do crédito como causas da inadimplência

Vice do CRC-BA alerta para risco do endividamento no cartão e importância de educação financeira

Foto: Metropress/Fernanda Vilas

Por: Metro1 no dia 12 de agosto de 2025 às 17:18

Atualizado: no dia 12 de agosto de 2025 às 18:25

“O cartão é uma modalidade de pagamento, ele não é o dinheiro”. O professor e vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRC-BA), André Luis, alertou para as dificuldades em relação às dívidas no cartão de crédito. Em entrevista ao Metropole Mais nesta sexta-feira (12), o educador também destacou o peso da educação financeira na vida dos credores.

“As pessoas viram reféns. Cai em uma situação dessa, recebe o dinhiro do mês, paga o cartão todo e fica dependente dele para viver. Imagine, é viver no fio da navalha”, declarou o vice-presidente.

Segundo o Mapa da Inadimplência do Serasa de 2025, Salvador tem 1,2 milhão de pessoas com o CPF negativado por endividamento, o que corresponde a 26% dos inadimplentes de todo o estado. Na capital, o valor médio das dívidas chega a R$ 4.967,87, equivalente a mais de três salários mínimos.

Para André Luis, a experiência de vida ao ver famílias se endividando e passando por dificuldades pode formar crianças mais irresponsáveis financeiramente. No entanto, ele acredita que a falta de aulas sobre educação financeira nas escolas é um dos principais motivos para os altos índices de inadimplência.

Em dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2024, referentes ao Pisa 2022, que avaliou 98 mil estudantes de 20 países, o Brasil ficou à frente apenas da Malásia e da Arábia Saudita em educação financeira entre adolescentes. Dos cinco níveis de proficiência considerados, 45% dos participantes brasileiros se classificaram no primeiro nível, o mais baixo, ou abaixo dele.

Confira a entrevista completa: