Hematologista alerta que maioria dos casos de leucemia infantil não tem causa identificada

No momento em que um câncer é diagnosticado em uma criança, a probabilidade da causa ser uma leucemia é maior que qualquer outra, conforme a hematologista Ana Schriefer. A profissional, em entrevista ao Metropole Saúde desta terça-feira (9), afirmou que apesar de haver diversos fatores de risco e estratégias de minimização deles, ainda há os casos idiopáticos, ou seja, que não há causa detectada para a leucemia, portanto, não há estratégias possíveis para prevenção.

“Existem algumas associações [à ocorrência da leucemia em crianças], portadores da síndrome de down, por exemplo, tem um risco maior da população geral, mutações familiares para a predisposição de câncer, mas tem as condições idiopáticas, e estas são prevalentes… O raio caiu na cabeça, a literatura não explica”, disse a hematologista.

Ana alertou que pessoas expostas à agentes químicos podem estar suscetíveis a ter leucemia aguda, bem como quem já fez quimioterapia, radioterapia ou foram expostos à radiação. Outros fatores de risco são o fumo, o álcool e a obesidade. Além deles, fatores genéticos também podem resultar na condição.

A hematologista ressaltou estratégias que podem ser efetivas na prevenção da leucemia ou minimização dos fatores de risco. “Considerando os fatores de risco que possam ser minimizados, por exemplo, uma pessoa que tenha no trabalho uma possível exposição a um agente químico deve trabalhar com todo o material de proteção. Controle de peso, evitar o uso de drogas e o tabaco, tudo isso vai ajudar”.

Confira a entrevista na íntegra: