Jerônimo justifica criação de secretaria da Ponte Salvador-Itaparica: "é a lógica para um projeto desse porte"

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) assinou, na última terça-feira (9), um projeto de lei para criar uma secretaria especial voltada à instalação da Ponte Salvador-Itaparica. O assunto foi discutido em reunião com deputados estaduais e terá a proposta enviada para apreciação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Em entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (12), o petista comentou as intenções com a nova pasta e os próximos passos para implementação dela. 

“Eu não posso delegar a uma secretaria [já existente], a uma superintendência, a uma diretoria a arte de poder coordenar isso. Nós temos R$ 3 bilhões do governo federal, mais R$ 2 bilhões do estado. Tem que gerenciar essa aplicação. Não é só a ponte. Foi o pacote, eles [o consórcio] ganharam a obra e a gestão da ponte. Uma PPP que vai gerenciar o fluxo, cobrar pedágio, fazer manutenção, tal qual o Rio Niterói [...] Qualquer outro gestor faria isso [a criação da secretaria]. Isso aí é a lógica para um projeto desse porte”, explicou.

A lei permite que o governador crie até duas secretarias extraordinárias, por decreto. É isso que Jerônimo pretende fazer. A estrutura de cargos, no entanto, fará parte de um projeto enviado à Assembleia Legislativa da Bahia. A presidente da Casa, a deputada Ivana Bastos, deve se reunir nesta sexta-feira com o governador para tratar desse projeto.

“Não vou criar uma secretaria gigante, não é a minha intenção. É um grupo pequeno, limitado, mas que possa dar conta de responder às demandas da ponte e às minhas determinações, seja financeira, de diálogo", detalhou o governador. 

Segundo Jerônimo, o contrato prevê que o consórcio tem um ano para começar a ponte. O governador ainda desmentiu a versão de falta de diálogo com as comunidades que podem ser afetadas pela construção da ponte. “Não está tendo ausência de diálogo, nós estamos conversando com todos os públicos, temos a preocupação e a minha origem me obriga a poder fazer algo com os indígenas, os terreiros, os ambientalistas. Vai ter impacto urbano? Vai ter, vai ter impacto urbano, especulação imobiliária.  Mas o que a gente pode fazer para conter, para fazer um projeto que não estrague as nossas belezas naturais?”, disse.

Confira a entrevista: