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Bob Fernandes critica projeto que libera prédios de 35 andares na orla de Salvador: "estão destruindo a cidade"
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Bob Fernandes critica projeto que libera prédios de 35 andares na orla de Salvador: "estão destruindo a cidade"
Mudanças na LOUOS permitem construção de prédios de até 35 andares na orla de Salvador

Foto: Reprodução/Youtube
O jornalista Bob Fernandes fez, no Três Pontos desta quinta-feira (2), duras críticas ao Projeto de Lei que permite empreendimentos imobiliários superarem em até 50% o gabarito estabelecido para prédios na orla de Salvador - isso significa, segundo ele, que, caso o PL seja aprovado, prédios de 35 andares serão permitido. Bob ainda cobrou um posicionamento de órgãos como o MP (Ministério Público da Bahia), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia).
“Em resumo, o PL flexibiliza - essa palavra horrorosa - o gabarito, ou seja pode arregaçar a cidade inteira com torres e podem ampliar a altura em até 50%, o que significa prédios e 35 andares na orla marítima cercando a cidade. As pessoas que fazem isso vivem viajando pelo mundo, sabem que Paris, Lisboa, Roma, Florença não se mexem em um prego, iluminam cada pedrinha que tem uma história, mas eles estão destruindo a cidade, a história dessa cidade”, disse o jornalista.
O PL 424/2025 propõe mudanças na legislação, inclusive na Louos (Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo do Município de Salvador). Entre as alterações, o texto propõe, como “incentivo à recuperação” ou “utilização de edificações subutilizadas”, que imóveis na Área de Borda Marítima sejam autorizados a superar o limite de gabarito em até 50%, isso significa ultrapassar a altura máxima permitida naquele zoneamento da cidade.
Ao cobrar uma medida do MP, Iphan e Ipac, o jornalista lembrou que Salvador é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, não por conta de um conjunto de casarões, mas por todo o seu sítio urbanístico e histórico.
“No carnaval, 200 mil pessoas cantavam e choravam o tempo todo: ‘tirem as construções da minha praia, não consigo respirar’. Por que 10 mil pessoas não se reúnem para protestar em relação a essa agressão que é brutal? Quem anda por vários pontos da cidade não consegue andar mais. A cidade está parada”, afirmou.
Confira o programa completo:
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