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Neuropediatra explica como identificar diferenças entre crianças com dislexia e TDAH

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Neuropediatra explica como identificar diferenças entre crianças com dislexia e TDAH

Apesar das duas condições possibilitarem a desconcentração, existem grandes diferenças de comportamento entre elas

Neuropediatra explica como identificar diferenças entre crianças com dislexia e TDAH

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 02 de outubro de 2025 às 19:01

A dislexia é uma condição perceptível em crianças desde seu processo de alfabetização, há uma dificuldade presente em reconhecer as letras do alfabeto, bem como fonemas e sílabas. A neuropediatra Isis Brandão, em entrevista ao Metropole Saúde desta quinta-feira (2), explicou a confusão que existe entre a dislexia e a desatenção do TDAH. Ela explicou as diferenças que podem ser percebidas pelos pais e responsáveis.

"A criança que tem déficit de atenção, esquece material, perde material com facilidade, esquece as coisas na escola, não faz a tarefa ou trabalho escolar porque esquece. Em casa, damos três comandos, tomar banho, escovar os dentes e vestir pijama, ela vai até a porta do quarto e volta sem ter feito nada. A criança com TDAH não consegue fazer, a com dislexia consegue fazer sem dificuldade, pois a parte mecânica, de compreensão e função, ela consegue fazer, o problema dela é na identificação, no processamento da linguagem", disse a especialista.

O ponto de convergência e de confusão entre as duas condições está na desconcentração, que já é muito característico do TDAH. Por outro lado, ela ocorre na dislexia de forma diferente, neste caso, a criança tenta entender a escrita, mas cansa e para de se concentrar. "Ele cansa muito rápido porque é trabalho identificar letras e palavras. Outra pista é a fuga da sala de aula, por dores de cabeça, ida ao banheiro, muitas vezes a criança foge da sala de aula porque cansou, fadigou, então ele foge", alertou Isis.

A especialista também pontuou a importância de identificar os sinais da criança, pois eles podem ser confundidos com mero desinteresse ou preguiça. "É importante estarmos bem atentos, pois a criança acaba sofrendo. Como pai e mão, queremos que a criança desempenhe na escola, chegue em casa e faça o dever, dê conta das atividades. Muitas vezes a criança com dislexia não consegue fazer isso. Uma criança que levaria uma hora para fazer uma atividade, pode levar uma tarde inteira", completou.

Confira a entrevista na íntegra: