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Psicólogos recomendam maior autonomia para pessoas com paralisia cerebral em seu desenvolvimento
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Psicólogos recomendam maior autonomia para pessoas com paralisia cerebral em seu desenvolvimento
Gabriel é um psicólogo com paralisia cerebral, pratica esportes e participa de maratonas de corridas de rua

Foto: Metropress
Os pais, ao receber um diagnóstico de paralisia cerebral dos filhos, costumam imaginar o futuro da criança, muitas vezes numa perspectiva de "luto" e projeção utópica. O psicólogo Angelo Daltro, no entanto, afirmou, no Metropole Saúde desta segunda-feira (6), a importância da construção de individualidade e autonomia por parte dos filhos. Ele é pai de Gabriel Daltro, um psicólogo de 24 anos com paralisia cerebral, que pratica esportes e corre maratonas de corridas de rua.
"Toda pessoa pode ter sua limitação, mas pode ter suas conquistas", destacam os dois.
Gabriel apontou a importância de fazer parte de grupos que praticam determinadas atividades, pois além da realização pessoal, tem a parte social. "Eu fiz meus primeiros 10 quilômetros, comecei a entender o processo de estar me incluindo na corrida, foi um grupo onde eu criei bons e grandes laços de amizade, então ali eu pude ver o processo de inclusão começar. Por isso, a gente diz que a corrida pode ser individual, mas também tem o lado coletivo, e esse lado é o que me faz praticar com mais prazer e mais amor, pois me sinto mais incluído em todo esse processo", contou.
O acompanhamento psicológico desde cedo é um processo extremamente importante, não só para a criança com a condição compreender a si e ao mundo que a rodeia, mas também para a família entender, trabalhar seus anseios, expectativas e idealizações quanto ao filho. Além disso, os familiares desempenham um importante papel na preparação da criança e construção de individualidade e autonomia, especialmente por tendo em vista as limitações e dificuldades que podem ter.
O jovem psicólogo pontuou sobre a estrutura que esteve disponível para o seu desenvolvimento e conquistas, enquanto ressaltou o fato de outros PCDs não terem acesso à sua base e condições semelhantes. Ele começou a fazer psicoterapia desde os 15 anos e seu pai é psicólogo. "Nossa sociedade ainda está evoluindo nessa questão de incluir nós PCDs... Questão de acessibilidade mesmo", completou.
Confira a entrevista na íntegra:
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