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Bellintani critica retirada da sede da Prefeitura e alerta para risco à memória urbana: “não dá para deixar esquecido”
Guilherme Bellintani concedeu entrevista para o Jornal da Metropole no Ar desta terça-feira (7)
Foto: Metropress/Catarina Queiroz
A retirada do Palácio Thomé de Souza, atual sede da Prefeitura de Salvador, da Praça Municipal reacendeu o debate sobre a preservação da memória urbana e o valor simbólico dos espaços públicos da capital baiana. A construção em aço e vidro foi erguida em apenas 14 dias em 1986 pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) e representa a volta da prefeitura para a primeira Praça dos Três Poderes do Brasil, após o então governador ACM ter transferido a sede do Executivo Municipal para o Solar Boa Vista, em Brotas.
Agora, a sede sairá novamente da Praça Municipal. Para o ex-presidente do Bahia e ex-secretário municipal Guilherme Bellintani, a decisão representa mais do que uma mudança de endereço: é uma questão de história e cultura. A avaliação foi feita durante o Jornal da Metropole no Ar desta terça-feira (7).
“Eu não estou discutindo se o prédio é bonito ou é feio. As pessoas têm mania de dizer, ‘ah, porque eu gosto ou não gosto, esteticamente’. É um elemento que não dá para deixar simplesmente esquecido, como se o que se estivesse avaliando naquele momento fosse uma combinação de estrutura metálica e vidro”, disse, ao reforçar que a história deve ser valorizada.
Bellintani destacou que o prédio faz parte de um processo histórico que vai além da estética ou da funcionalidade, representando um marco da Salvador moderna e do retorno simbólico da prefeitura ao Centro Histórico. Para ele, a retirada da sede é reflexo de uma falta de visão estratégica na relação da cidade com seu patrimônio, somada à ausência de políticas eficazes de preservação urbana e valorização dos espaços públicos.
“Quando alguém construiu o Forte São Marcelo, também se questionou o que aquilo representava. A composição urbanística da cidade é o resultado dos tempos construtivos de cada geração. Corrigir marcos urbanos porque não se gosta mais deles é um risco à memória. Cada geração tem permitido à seguinte desfazer o que foi feito antes, e isso é perigoso. É preciso compreender a cidade como um conjunto vivo da nossa história”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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