“A prefeitura decidiu vender o que restou da cidade”, critica Jaime Nascimento sobre abandono de equipamentos públicos

O historiador Jaime Nascimento criticou o abandono de equipamentos públicos de Salvador durante entrevista ao Jornal da Cidade, programa da Rádio Metropole, nesta quinta-feira (9). “Estamos vivendo um universo bizarro sobre Salvador. Os absurdos são tão grandes que parecem irreais”, afirmou o professor.

Jaime Nascimento destacou que mudanças significativas na cidade deveriam ser submetidas à população. “Em qualquer outro lugar, qualquer modificação como as que estamos vendo em Salvador passaria pela opinião dos cidadãos, para saber se concordam ou não. Os órgãos de fiscalização parecem calados. Não vemos o Ministério Público se manifestar, atualmente ele escolhe os assuntos que quer tratar”, criticou.

O historiador citou como exemplo a proibição da presença de cavalos no desfile do Dois de Julho, enquanto temas como a possível privatização da Praça Municipal não recebem posicionamento público. Ele também mencionou o Centro de Convenções, o Museu de Ciência e Tecnologia e outros espaços que, segundo ele, refletem o descuido com o patrimônio da cidade. “A prefeitura agora decide detonar tudo, vender o que restou da cidade”, concluiu.

Confira entrevista completa: