Coletivo denuncia dificuldades de acesso a tratamentos de crianças atípicas em planos de saúde: “É uma violação de direito”

Em entrevista ao Metropole Mais nesta segunda-feira (20), Márcia Thais, mãe atípica e presidente do Coletivo Autismo, Família e Direito, falou sobre as dificuldades enfrentadas por pais e mães no acesso a direitos de crianças atípicas, principalmente por operadoras de plano de saúde. O coletivo reúne 570 mães e atua no enfrentamento a abusos de operadoras de saúde que prejudicam crianças em tratamento para transtornos globais do desenvolvimento, que vão além do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Enquanto não trabalharmos a educação do Judiciário e não compreendermos a dinâmica dos tratamentos, continuaremos enxugando gelo. Ações judiciais são feitas, mas as crianças continuam fora das terapias, enquanto limites são impostos pelas operadoras de saúde”, afirmou Márcia Thais.

Ela destacou que a situação configura violação de direitos, já que a interrupção do tratamento prejudica o desenvolvimento das crianças e sua qualidade de vida. “Não adianta apenas entrar com liminares se elas não são cumpridas”, afirmou.

O tema da discussão será “Cidadania Efetiva é Justiça para Todos”, e o evento tem como objetivo promover diálogo, informação e mobilização em defesa dos direitos das pessoas com autismo e outras condições do espectro do desenvolvimento. O encontro será realizado no dia 22 de outubro, das 14h às 17h, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, e contará com a participação de representantes do Judiciário Baiano, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério Público (MP) e de profissionais especializados na área.

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